O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), anunciou, nesta segunda-feira (21), a sua renúncia ao cargo de deputado federal. Ao lado do correligionário Milton Coelho, que assumirá o mandato parlamentar após a efetivação do ato, João destacou a dedicação que imprimiu nesses dois anos no Congresso Nacional, pontuando o trabalho desempenhado em diferentes áreas de atuação e toda a sua disposição em comandar uma gestão dinâmica e inovadora para enfrentar os desafios do Recife e garantir mais qualidade de vida à população.
“É um momento de grande emoção. Naturalmente, vem um filme na cabeça, de tudo o que a gente fez, de tudo que a gente realizou, do tanto que a gente conquistou no mandato de deputado federal. E agora, a gente vai para uma nova missão e novos desafios. Eu tenho certeza de que muitas realizações virão e de que nós vamos fazer muito pelo Recife. Assino a carta com o sentimento de dever cumprido”, ressaltou João Campos. Por lei, para assumir o comando da Prefeitura do Recife, o então deputado federal precisa abdicar do papel que exerce no Congresso Nacional.
Na eleição de 2018, João Campos obteve históricos 460.387 votos, consagrando-se como o deputado federal mais votado da história de Pernambuco e ficando entre os 5 mais votados do Brasil em números absolutos. Segundo o parlamentar, a forma de retribuir a toda a confiança depositada pelo eleitorado foi com base em muito trabalho, dedicação e responsabilidade. Sendo assim, ele se destacou nacionalmente na educação como um dos criadores da Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do Ministério da Educação e, ainda durante a pandemia, assumindo a missão de coordenar este colegiado, promovendo webinários para estudar, discutir e propor ações de enfrentamento ao novo coronavírus, realizando reuniões técnicas com o MEC e o Conselho Nacional de Educação e elaborando relatórios com panorama geral das políticas educacionais adotadas durante o período, entre outras atividades.
Na área social, ao propor a criação da Frente da Renda Básica, o deputado capitaneou uma discussão sobre a permanência de um auxílio financeiro mais robusto do que o Bolsa Família, tomando por base o modelo do próprio Auxílio Emergencial, projeto apresentado e aprovado pelos congressistas e que contou com a sua defesa e participação no debate e voto favorável. Ao todo, 23 dos 24 partidos do Parlamento tiveram representantes apoiando a Frente, que se tornou suprapartidária e que teve em João o seu presidente.
Em meio ao grave derramamento de óleo no litoral nordestino, Rio de Janeiro e Espírito Santo, ocorrido no segundo semestre do ano passado, João Campos ganhou relevo nas questões ambientais ao ser o autor da CPI do Óleo, que contou com o maior número de assinaturas para uma Comissão Parlamentar de Inquérito nesta legislatura: 267. Até o fechamento dos colegiados da Câmara Federal em decorrência da pandemia, o deputado, enquanto relator, já havia realizado sessões, audiências, convocações de autoridades e reuniões in loco com representantes de instituições à frente das investigações sobre os responsáveis pelo vazamento. João deixa um relatório pronto para o sucessor na CPI.
O MANDATO EM NÚMEROS
Até este dia 21 de dezembro de 2020, João Campos apresentou 539 proposições legislativas de sua autoria, incluindo 71 Projetos de Lei, é o relator de outras 18 matérias e fez 42 discursos em plenário. Ainda em seu primeiro ano de mandato, aprovou projeto que conta também com a sua autoria, entre parlamentares do PSB: proposta que contribui com a Lei Maria da Penha ao determinar que se puna o agressor da mulher com a apreensão da arma sem a necessidade de avaliação judicial e em até 48 horas, tempo mínimo exigido para que essa ação seja cumprida. Durante os 2 anos de atuação legislativa, também esteve presente em 16 comissões, sendo titular em 8 delas. Em 2019 e 2020, como resultado de seu trabalho, e pela biografia ilibada, João esteve entre os indicados para disputar o Prêmio Congresso em Foco, um reconhecimento ao político que cumpre um bom mandato.
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