quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Pernambuco vira destino de presidenciáveis

 

Por Edmar Lyra

Com 6,5 milhões de eleitores, Pernambuco é o sétimo estado com maior eleitorado do Brasil, ficando bem abaixo dos principais colégios São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, mas politicamente é um estado que tem significativa relevância, uma vez que ofertou diversos quadros ao país em disputas presidenciais, a exemplo dos candidatos a vice-presidente Fernando Lyra (Leonel Brizola) em 1989, Marco Maciel (Fernando Henrique Cardoso) em 1994 e 1998 e José Jorge (Geraldo Alckmin) em 2006.

Nas disputas para presidente, Pernambuco também apresentou Roberto Freire (1989), Lula (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006) e Eduardo Campos (2014), e nos sucessivos governos ofertou como ministros Fernando Lyra (Justiça), Gustavo Krause (Meio Ambiente e Fazenda), Raul Jungmann (Meio Ambiente e Defesa), Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação), Fernando Filho (Minas e Energia), Roberto Freire (Cultura), Armando Monteiro Filho (Agricultura), Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Marco Maciel (Educação), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), Joaquim Francisco (Interior), Humberto Costa (Saúde), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Gilson Machado (Turismo).

Ainda no Congresso Nacional, ofertou Nilo Coelho como presidente do Senado Federal, e Inocêncio Oliveira, Marco Maciel e Severino Cavalcanti como presidentes da Câmara dos Deputados.

Com esta vasta oferta de homens públicos memoráveis, Pernambuco ocupou grande protagonismo na política nacional, e talvez por isso virou um estado a ser visitado e observado atentamente pelos presidenciáveis. No próximo sábado, João Doria será o terceiro pré-candidato a presidente da República a desembarcar em Pernambuco somente neste mês de agosto, antes dele vieram Eduardo Leite, também do PSDB, e Lula.

Discutir os temas de Pernambuco onde eles terão uma síntese dos desafios do Nordeste é fundamental para que um candidato a presidente possa apresentar um projeto competitivo em 2022, e por isso a chegada de Doria no próximo sábado não encerrará o ciclo, pois já existe no radar a vinda de outros presidenciáveis, pois montar um palanque competitivo em Pernambuco também será importante para o êxito eleitoral de quem estará na disputa pelo Palácio do Planalto.

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