sexta-feira, 3 de junho de 2022

Crescimento do PIB vira ativo de Jair Bolsonaro para a reeleição

 

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Por Edmar Lyra

Além do crescimento da geração de empregos no país, quando o Brasil chegou a 96,5 milhões de pessoas ocupadas, atingindo o maior número da série histórica iniciada em 2012, ontem tivemos novo resultado que consolida a retomada da economia após os efeitos nefastos da pandemia da Covid-19, que foi o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre de 2022. Esse número acontece após o Brasil atingir um crescimento de 4,6% no ano de 2021. Os números atingem 1% comparado ao trimestre anterior, mas se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, ele atinge um crescimento de 1,7%.

Inclusive isso mostra a perspectiva de revisão do crescimento do PIB de 2022, que chegou a ter projeções de crescimento negativo e que agora pode atingir um crescimento final de 1,5% nas atuais projeções, podendo findar 2022 com até 2% de crescimento, o que consolidaria a economia do país a retomada de níveis pré-pandemia, como o desemprego que já superou a marca atingida em 2016 e ainda há horizonte de chegar a um dígito.

Apesar das boas notícias com os indicadores do emprego e do PIB superando as expectativas, o Brasil ainda tem um desafio significativo, que é a inflação acumulada. Ela ainda está em dois dígitos e isso tem prejudicado o poder de compra da população, sobretudo aquela que vive com menor renda, a mais afetada pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis.

Se o presidente Jair Bolsonaro conseguir reduzir a inflação a um dígito até o período eleitoral, atrelada a essas situações de ciclo positivo do PIB e do emprego, terá um tripé econômico para justificar a renovação do seu mandato. A economia é quem dita o rumo da política, foi assim com a vitória de Fernando Henrique Cardoso em 1994 por conta do Plano Real, e a reeleição de Lula em 2006, que mesmo alvejado pelas denúncias do mensalão, foi reeleito porque a economia estava de vento em popa. Os dados do segundo e do terceiro trimestre de emprego, PIB e inflação serão determinantes para o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

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