quinta-feira, 2 de junho de 2022

Em 10 anos, Recife usou 17% do previsto para melhorias em áreas de risco

Gestões de Geraldo Julio e João Campos utilizaram R$ 164,6 mi dos R$ 980 mi disponibilizados no orçamento para a área



Folha de São Paulo

Desde 2013, a Prefeitura do Recife executou apenas 17% do orçamento previsto para obras de urbanização em áreas de risco, como locais de encostas e alagados. Dentre os R$ 980 milhões disponibilizados para essas ações na Lei Orçamentária Anual (LOA) do município, enviada à Câmara de Vereadores a cada ano, apenas R$ 164,6 milhões foram aplicados na área.


Os dados constam no Portal da Transparência do município. Mais de 40 pessoas morreram na capital pernambucana em decorrência das fortes chuvas que atingem a região metropolitana da capital do estado. Ao todo, os desastres provocados pelos temporais em Pernambuco deixaram 106 mortos até a tarde desta quarta-feira (1º). Mais de 6.600 pessoas estão desabrigadas e outras dez seguem desaparecidas.

As despesas para as áreas de morros estão descritas como "gestão de risco em encostas e alagados" no Portal da Transparência.

Para efeito de comparação, no mesmo período pesquisado, de janeiro de 2013 a maio de 2022, a prefeitura do Recife gastou 91% a mais que o previsto em publicidade em meios de comunicação. Eram R$ 196 milhões previstos inicialmente, mas o custo final foi de R$ 376 milhões.

Fenômeno semelhante aconteceu com gastos para a manutenção do sistema viário – o que inclui tapar buracos de vias e asfaltar ruas. Enquanto a previsão orçamentária para essa área era de R$ 370,2 milhões, a gestão gastou R$ 465,5 milhões.

Esses dez anos incluem as gestões de Geraldo Julio (2013-2020) e João Campos (desde 2021), ambos do PSB.

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