quinta-feira, 13 de junho de 2024

Prédios-caixão: o golaço de Raquel Lyra na RMR

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Em uma partida de futebol, existem três tipos de gol: o normal, o golaço e o decisivo, que, se determinar o vencedor do jogo ou o campeão, nem precisa ser bonito. Fazer um golaço decisivo é o sonho de qualquer jogador. No campo da política, são raros os exemplos de ações que configurem em um golaço do (a) gestor (a), como fez, na última terça-feira, a governadora Raquel Lyra.

Ao assinar o acordo com o governo federal que coloca um ponto final no problema dos prédios-caixão com alto risco de desmoronamento no Grande Recife, a governadora encarou um temido adversário, que durante anos nunca havia sido confrontado, e ganhou uma disputa que parecia perdida. Ganhou, não, goleou.

O melhor de tudo é que, ao contrário de qualquer partida, de qualquer esporte, neste caso, todos saíram ganhando. Os proprietários de 431 prédios-caixão condenados receberão uma indenização quatro vezes maior do que tinham direito e serão inscritos em programas habitacionais. E os edifícios, condenados, poderão ser demolidos.

Raquel Lyra mostrou também uma habilidade política ao costurar, junto com o senador Humberto Costa, o acordo com o governo federal, que vai disponibilizar R$ 1,7 bilhão para garantir as indenizações. Ou seja, foi uma vitória construída com habilidade, paciência e trabalho em conjunto. Para sorte dos proprietários, que há anos pensavam estar num jogo perdido, não tinha como dar errado.

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