Projeto deve revolucionar o mercado musical e corrigir injustiças para quem vive da música
Com a chegada dos festejos juninos, aumenta o número de shows e os contratos são de valores altos para os cantores, seja de bandas famosas ou populares. No entanto, o quanto sobra de verbas para quem não está no centro do palco? Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Projeto de Lei Ordinária 2012/2024 que estabelece a obrigatoriedade de destinação de percentual de 30% dos cachês de artistas em eventos pagos com dinheiro público em Pernambuco para os músicos que trabalham nas apresentações.
A autoria é do Deputado Joel da Harpa e tem como objetivo valorizar os músicos e corrigir injustiças. O parlamentar cita o caso famoso de um músico que tocou com Wesley Safadão e diz que recebia apenas R$ 4 mil por mês. Na época, o cachê do cantor já chegava a R$ 600 mil por show, e eles faziam até 30 apresentações por mês. “É de conhecimento público que eles são responsáveis por grande parte do êxito das apresentações, mas são remunerados com valores ínfimos, em relação ao que ganham os cantores e cantoras com que se apresentam”, diz o documento.
A ideia é que a cláusula com destinação mínima de 30% do cachê do artista para os músicos que trabalharem nas apresentações passe contratos constar dos contratos para essas apresentações, de modo a garantir um piso mínimo para os profissionais. O descumprimento resultará em multa.
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