O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, surpreendeu ao defender que o Supremo Tribunal Federal (STF) repense as penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. Mesmo sendo um dos auxiliares mais bem avaliados do governo Lula, ele afirmou que houve “excesso na tipificação das penas”.
Silvio, que é do Republicanos, reconheceu que houve tentativa de golpe e que alguns envolvidos queriam, sim, a volta da ditadura. Mas destacou que muita gente foi na onda por identificação com Bolsonaro, sem ter noção do tamanho do problema. “Não tinham a dimensão do que representava aquele ato”, disse.
Apesar disso, o ministro não embarca na defesa da anistia. “Essa não é uma pauta da sociedade”, afirmou. Para ele, o STF precisa agir com “serenidade” e pode sim rever alguns casos. “Não pode tomar decisões que gerem excessos.”
A declaração de Costa Filho destoa da linha do Republicanos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por exemplo, tem sido presença constante em atos com Bolsonaro pedindo anistia.
O ministro acredita que os bolsonaristas não têm força suficiente no Congresso para aprovar o projeto. “Hoje não passa”, cravou. Ele aposta que qualquer ajuste nas punições virá do próprio STF, não do Parlamento.
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