Por Eddmarr Lyra
O xadrez político de Pernambuco ganha novos contornos após as eleições municipais de 2024. Com a filiação de 32 prefeitos oriundos do PSDB, antigo partido da governadora Raquel Lyra, o PSD atingiu a marca de 58 prefeitos no estado — um desempenho expressivo que recoloca a legenda entre as mais influentes do cenário pernambucano.
O número alcançado tem um peso simbólico importante: igual ao que o PSB conquistou em 2013, durante o auge da liderança de Eduardo Campos. Além disso, aproxima o PSD do melhor desempenho da história do PSB em Pernambuco, quando a legenda, sob a condução de Paulo Câmara, chegou a 69 prefeitos em 2017.
Esse movimento reforça o crescimento do PSD, não apenas em Pernambuco, mas em todo o país. A sigla, sob o comando nacional de Gilberto Kassab, é atualmente o partido com o maior número de prefeitos no Brasil, resultado de uma estratégia que une capilaridade, alianças regionais e flexibilidade ideológica.
Em solo pernambucano, a filiação em massa de prefeitos reflete também o reposicionamento político da governadora Raquel Lyra e de seu grupo, que migrou do PSDB para o PSD em busca de maior força institucional. Com esse novo arranjo, o PSD se torna peça-chave na configuração do poder local e se prepara para ter papel central nas articulações para 2026.
Mais do que os números, o avanço do partido indica que o PSD passa a ocupar um espaço que já foi de hegemonia do PSB por mais de uma década. A disputa pela liderança política do estado ganha novos protagonistas — e o PSD, com 58 prefeituras, chega fortalecido para o embate com o PSB, que permanece como uma importante força política do estado, comandando a capital pernambucana e relevantes colégios eleitorais
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