O ex-ministro do Turismo e aliado de Jair Bolsonaro, Gilson Machado, foi solto na noite desta sexta-feira (13), após ter o alvará de soltura expedido pela Justiça. A soltura ocorreu menos de 12 horas após ele ser detido e levado para o Centro de Observação e Triagem Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
Gilson Machado foi detido pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, no Recife, sob suspeita de envolvimento em uma tentativa de obtenção ilegal de passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e figura central em investigações contra o ex-presidente.
Segundo a Polícia Federal, Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal no Recife, em maio de 2025, com o objetivo de facilitar a emissão de um passaporte português para Mauro Cid. A medida seria uma estratégia para possibilitar a saída do tenente-coronel do território brasileiro.
As suspeitas foram reforçadas após a PF encontrar, no celular de Cid, arquivos indicando que ele buscava a cidadania portuguesa desde janeiro de 2023. Cid, que é delator em investigações sensíveis contra Jair Bolsonaro, também foi alvo de buscas nesta sexta-feira, em Brasília.
Na decisão, Moraes reconheceu que existem indícios suficientes de que Gilson Machado teria auxiliado Mauro Cid a se "furtar da aplicação de lei penal", porém, afirmou que a prisão preventiva não é mais necessária.
Assim, o ministro concedeu a liberdade provisória a Machado e impôs medidas cautelares, sendo elas: a obrigação de apresentação quinzenal às autoridades, cancelamento de passaporte, proibição de ausência do país, proibição de comunicação com outros investigados pelo processo e proibição de ausentar-se da Comarca.
Foto: Crysli Viana/DP Foto
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