quinta-feira, 12 de junho de 2025

Miguel Coelho fortalece pré-candidatura ao Senado pela Frente Popular

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Miguel Coelho tem reforçado sua presença no tabuleiro político de Pernambuco com movimentações calculadas e uma articulação de médio prazo que mira as eleições de 2026. Após disputar o Governo do Estado em 2022 e alcançar cerca de 18% dos votos válidos — em um empate técnico com Anderson Ferreira e Danilo Cabral — o ex-prefeito de Petrolina emergiu como uma das principais lideranças políticas da nova geração no estado.

Apesar de não ter avançado ao segundo turno naquele pleito, Miguel saiu fortalecido. Seus irmãos, Fernando Filho e Antonio Coelho, foram reeleitos com votações expressivas, respectivamente para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, reforçando o peso do grupo político da família Coelho, com base em Petrolina.

Desde então, Miguel deu passos decisivos para ampliar seu alcance estadual. Assumiu recentemente a presidência do União Brasil em Pernambuco, em um movimento que consolidou sua liderança partidária e abriu espaço para novas alianças. A vitória de Simão Durando em Petrolina, nas eleições municipais de 2024, com apoio conjunto de Miguel e da Frente Popular, liderada por João Campos, foi um marco dessa nova fase.

A aliança com o PSB, que começou a se desenhar no pleito municipal, agora se estende ao plano estadual e federal. Com o fim do mandato de Fernando Bezerra Coelho no Senado, o grupo político de Petrolina articula o retorno da família à Câmara Alta. Para isso, vem sendo construída a pré-candidatura de Miguel Coelho ao Senado em 2026 pela Frente Popular.

A movimentação indica uma reconfiguração importante na política pernambucana. Tradicionalmente associados a campos políticos distintos, Miguel Coelho e João Campos hoje dividem palanques e interesses comuns, numa aliança que une o Sertão à Região Metropolitana e que pode alterar significativamente os rumos da sucessão estadual.

Miguel, que representa a força política do interior com atuação consolidada, se apresenta como um nome viável para ocupar uma das vagas de Pernambuco no Senado. Já João Campos fortalece sua articulação política estadual ao incorporar ao seu campo de influência um dos grupos mais estruturados fora da capital. A aliança, se mantida, promete influenciar os principais debates e composições da eleição de 2026.

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