Por Edmar Lyra
A nova pesquisa Quaest escancara aquilo que os números já não conseguiam mais esconder: o terceiro mandato de Lula é um fracasso retumbante. Com 57% de desaprovação e apenas 40% de aprovação — seu pior desempenho até agora —, o presidente assiste à sua popularidade desabar, não por acaso, mas como consequência direta de um governo que parece ter se perdido em contradições, escândalos e decisões impopulares.
Lula perde apoio até mesmo entre os segmentos que historicamente o sustentaram. A desaprovação entre católicos superou, pela primeira vez, a aprovação. Entre os eleitores com ensino fundamental, antes base cativa do lulismo, agora há empate técnico. A classe mais pobre, alvo constante do discurso de campanha petista, já não entrega apoio irrestrito. O que isso revela? Que a retórica do “pai dos pobres” está esgotada. A realidade bate à porta: inflação sentida no mercado, aumento de impostos — como o escandaloso caso do IOF — e um governo incapaz de proteger sequer os aposentados, vítimas de fraudes envolvendo o INSS.
Enquanto Lula se agarra ao apoio no Nordeste como tábua de salvação, a desaprovação explode no Sudeste e Sul. Até entre os jovens — público tradicionalmente mais progressista —, o presidente amarga rejeição. O que está em jogo não é apenas a reputação de Lula, mas a própria capacidade do governo de responder aos anseios da sociedade. E até nisso falha. A percepção de que o Brasil está no rumo errado cresceu para 61%. A direção do país é equivocada, confusa, sem liderança real.
Pior que isso é ver a comparação com seus próprios mandatos passados: 56% consideram este governo pior. O mito criado ao redor do “Lula de 2003” não sobrevive mais à luz do presente. Os tempos são outros, e o presidente, envelhecido politicamente, parece perdido em um cenário onde as soluções exigem mais que discursos populistas e acenos simbólicos.
Ao tentar reeditar seu passado glorioso, Lula se recusa a reconhecer os desafios do presente. A consequência é um governo que afunda em meio à incompetência administrativa, à perda de apoio popular e à completa desconexão com o Brasil real. E se continuar nesse rumo, 2026 chegará como uma sentença definitiva — não apenas para Lula, mas para o projeto petista como um todo.

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