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Givaldo
Calado de Freitas
Estava, aqui, já a essas
horas da noite. Madrugada de um novo dia, imaginando, pensando, lendo...
Imaginando, o inimaginável... Pensando, o impensável... Num exercício mental
espetacular ou quase espetacular... Apesar do real da história que tenho em mãos.
E que, vorazmente, a folheio, sem embargo dos destaques que faço de forma
cuidadosa e sistemática.
Na memória, a conversa, que
tivemos, horas atrás, com amigos. Conversa boa. Muito boa. Que estimo que
outras a sucedam. Aqui, em Garanhuns. Lá, em Recife. Alhures... Não importa.
Importam as conversas, conquanto, boas.
Guará, delas, saiu
encantado. Seu semblante e sua expressão o denunciavam. Semblante e expressão
de quem queria mais. E mais... E ele as quer. Quer voltar àquelas conversas
que, a cada palavra, a cada sentença, surja-lhe a impressão de satisfação. De
regozijo. De conforto... De quem quer mais e mais. Pela pertinência dos
assuntos. Pelo foco de seus argumentos. Pelo nível de sua inteligência...
Enfim, pela disciplina e respeito a todos.
Saí do encontro, com Guará
deveras animado com a perspectiva de outros e mais outros de igual modelo. E
rogando a mim mesmo por eles, num porvir próximo. Tão próximo desse, que,
ainda, se registre saudade. Muita saudade.
Bela noite tivemos, ontem.
Com amigos. Que nos fizeram lembrar François D'Amboise, citado, certa vez, pelo
grande Afonso Arinos de Melo Franco: "Fazer amigos não é tudo. É mister
conservá-los". E pensado que François tivera escrito essas palavras para
mim, disse aos meus botões: “Que bom ter conversado com tantos amigos. Dos meus
tempos de criança travessa. Sim, também, de pré-adolescente e adolescente. Já
hoje, homem maduro, ainda juntando amigos. E, mais: mantendo-os perto de mim.
Conservando-os.” Que outros encontros venham. Outros!
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Figura pública. Advogado de Empresas.
Empresário.
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