sexta-feira, 24 de novembro de 2017

BELA NOITE DE CONFRARIA

·         Givaldo Calado de Freitas




Estava, aqui, já a essas horas da noite. Madrugada de um novo dia, imaginando, pensando, lendo... Imaginando, o inimaginável... Pensando, o impensável... Num exercício mental espetacular ou quase espetacular... Apesar do real da história que tenho em mãos. E que, vorazmente, a folheio, sem embargo dos destaques que faço de forma cuidadosa e sistemática.
Na memória, a conversa, que tivemos, horas atrás, com amigos. Conversa boa. Muito boa. Que estimo que outras a sucedam. Aqui, em Garanhuns. Lá, em Recife. Alhures... Não importa. Importam as conversas, conquanto, boas.
Guará, delas, saiu encantado. Seu semblante e sua expressão o denunciavam. Semblante e expressão de quem queria mais. E mais... E ele as quer. Quer voltar àquelas conversas que, a cada palavra, a cada sentença, surja-lhe a impressão de satisfação. De regozijo. De conforto... De quem quer mais e mais. Pela pertinência dos assuntos. Pelo foco de seus argumentos. Pelo nível de sua inteligência... Enfim, pela disciplina e respeito a todos.
Saí do encontro, com Guará deveras animado com a perspectiva de outros e mais outros de igual modelo. E rogando a mim mesmo por eles, num porvir próximo. Tão próximo desse, que, ainda, se registre saudade. Muita saudade.
Bela noite tivemos, ontem. Com amigos. Que nos fizeram lembrar François D'Amboise, citado, certa vez, pelo grande Afonso Arinos de Melo Franco: "Fazer amigos não é tudo. É mister conservá-los". E pensado que François tivera escrito essas palavras para mim, disse aos meus botões: “Que bom ter conversado com tantos amigos. Dos meus tempos de criança travessa. Sim, também, de pré-adolescente e adolescente. Já hoje, homem maduro, ainda juntando amigos. E, mais: mantendo-os perto de mim. Conservando-os.” Que outros encontros venham. Outros!

·         Figura pública. Advogado de Empresas. Empresário.

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