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Givaldo
Calado de Freitas
Hoje, exatos dois anos da
eleição em que se escolheria o primeiro Papa latino-americano, o primeiro
Pontífice do Hemisfério Sul, o primeiro Papa não europeu e o primeiro Pontífice
do novo mundo.
Hoje, exatos dois anos que,
na Capela Sistina, se ouvira do Cardeal Bergoglio, porque a ele perguntado: “Eu
sou um pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento,
aceito.”.
Hoje, exatos dois anos que,
da sacada central da Basílica de São Pedro, o mundo, ansioso, ouvira “Habemus Papam!”.
Hoje, exatos dois anos que,
da sacada central da Basílica de São Pedro, o mundo ouvira de seu novo Papa:
“Irmãos e irmãs, boa noite! Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo
à Roma. Parece que os Irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do
mundo... Eis-me aqui.”
Seu nome: Francisco. “Por
que Francisco?”. Ouvi de muitos essa pergunta. Em mais de dois mil anos nunca
tivemos um Papa com esse nome. Por que Francisco? Que lógica levara o Cardeal
argentino Jorge Mario Bergoglio a escolher esse nome? Alguns me diziam: “Coisa
de argentino”. Outros: “Feio para um Papa carregar esse nome.”. Para nós,
brasileiros, nome de periferia. Dos arredores das cidades”. “Não tem nada a
ver. Francisco?” E por aí diziam. E diziam...
Aos poucos, comecei a ouvir
referências em sentido contrário. De alegria ao nome escolhido. De apoio ao
antes Cardeal de Buenos Aires pela escolha de seu nome papal. E isso, pouco a
pouco, na medida em que se sabia mais um pouco... e mais um pouco de sua vida
desde a sua juventude.
Papa Francisco - 266º
sucessor de Pedro é um homem cuja fé foi construída “com base no que aprendeu
com uma camponesa italiana, uma mulher que enfrentou um regime ditatorial,
emigrou para uma terra estrangeira, cuja família foi à falência” - disserta
Mark Shriver, que vai a fundo sobre a vida de Jorge Mario Bergoglio, e, em
particular, sobre sua avó, Rosa.
Austen Ivereigh descreve a
morte de Rosa em sua biografia sobre o Papa Francisco. Diz ele: “Ele a adorava,
ela era o ponto fraco dele”.
Eu próprio já estava me
convencendo que deveria ser outro o nome a ser adotado por Jorge como o 266º
Papa da Igreja de Cristo. Aos poucos, contudo, comecei absorver e, mais que
absorver, a aplaudir a escolha. Eu e, hoje, tenho certeza, o mundo. Porque sua
vida anterior ao papado. Porque sua vida nesses dois anos de papado nos faz
lembrar São Francisco de Assis. O exemplo que São Francisco de Assis deixou
para o mundo, a ponto de ser tido por muitos como a maior figura do
cristianismo desde Jesus. E era desse exemplo. Do exemplo de São Francisco de
Assis que o mundo estava a precisar.
O próprio Papa Francisco é
quem responde sobre a escolha de seu nome: “Muitos disseram que me deveria
chamar Adriano, como o grande reformador Adriano VI, ou Clemente, em vingança
contra Clemente XIV, que aboliu a Companhia de Jesus”.
Mas, continua: “Foi por
causa dos pobres que pensei em Francisco.” Dos pobres que teve azo ao longo da
vida de São Francisco de Assis. Conquanto a eles se dedicando, e destinando
toda sua força e amor a sua proteção.
Assim tem sido o nosso Papa
Francisco. Que encanta o mundo. Que resgada a Igreja de Cristo. E dela faz
exemplo para seus fiéis.
Que Deus permita o Papa
Francisco conosco. Por muitos... Muitos anos.
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Figura pública. Advogado de empresas.
Empresário.
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