por eddmar Lyra na sua coluna da Segunda
A divulgação de pesquisas na semana passada, Ibope e principalmente Datafolha, deu uma nova dinâmica no processo eleitoral para governador de Pernambuco. Havia um sentimento que o enterro da candidatura de Armando Monteiro estava prestes a se consumar, porém com os dois levantamentos, o enterro voltou da porta do cemitério e agora Armando Monteiro vive o seu melhor momento na campanha eleitoral.
Para Paulo Câmara, com a divulgação do Datafolha na condição de empate técnico, o que parecia céu de brigadeiro, mexeu na estratégia de campanha governista, que vinha adotando uma campanha mais propositiva e sem rebater as críticas da campanha adversária. De imediato, Paulo Câmara passou a atacar frontalmente Armando Monteiro, com ênfase na peça sobre a reforma trabalhista que coloca o senador numa posição de defensiva. A propaganda incomodou e Armando tentou, sem sucesso, tirá-la do ar.
Durante seu discurso em Garanhuns no último sábado, Armando adotou um tom mais incisivo, um pouco diferente da sua característica, quando chamou o grupo que governa Pernambuco há doze anos de pilantras. Os governistas não responderam e em reserva disseram que ele quer chamar pra briga porque está atrás nas pesquisas e o governador não irá cair nas provocações.
Com quatro pesquisas para serem divulgadas ao longo da semana, RealTime BigData nesta segunda, Ipespe na terça, Ibope na quinta e Datafolha na sexta, o quadro tende a pegar fogo, uma vez que se Armando Monteiro passar Paulo Câmara o PSB certamente irá endurecer ainda mais o tom para não perder a sua hegemonia. Se o crescimento de Armando for estancado e Paulo voltar a abrir vantagem, a campanha de Armando certamente partirá para o tudo ou nada e o quadro ficará igualmente sangrento.
Faltando 13 dias para a eleição, depois de duas disputas sem graça, 2010 na reeleição de Eduardo Campos que foi um passeio, e em 2014 na eleição de Paulo Câmara após o acidente fatal envolvendo o ex-governador, teremos um pleito que certamente ficará para a história, porque na reeleição de Paulo Câmara, o grupo oposicionista será implodindo no estado, mas se porventura Armando Monteiro sagrar-se vitorioso, estará sendo findada uma hegemonia de doze anos e certamente sem perspectiva imediata de retorno do PSB ao comando do estado. Então esses próximos 13 dias prometem!
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