Por Edmar Lyra
Com três mandatos no cargo de presidente da Câmara dos Deputados, sendo um tampão em substituição a Eduardo Cunha, Rodrigo Maia (DEM/RJ) conquistou um grande protagonismo na política nacional, tendo sido o condutor de diversas reformas que passaram pela Câmara dos Deputados e ajudaram o país a enfrentar os momentos difíceis tanto na política quanto na economia.
Maia acreditava piamente que conseguiria a condição de ser novamente candidato a presidente da Câmara dos Deputados, mas acabou surpreendido pela decisão do Supremo Tribunal Federal que vedou a recondução naquela Casa. Isso fez com que o atual presidente perdesse tempo na articulação da sua sucessão e muitos nomes surgiram com a expectativa de ter o apoio do seu grupo.
Ocorre que o deputado Arthur Lira (PP/AL) se movimentou bem, e alheio às decisões de Maia quanto a sua sucessão, conquistou um apoio representativo na Câmara Federal e chega ao final de 2020 com leve favoritismo. No grupo de Rodrigo Maia, surgem pelo menos três nomes: Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), Baleia Rossi (MDB/SP) e Marcos Pereira (Republicanos/SP), mas qualquer que seja a escolha de Maia, os outros tendem a ficar insatisfeitos, pois a corda foi esticada pelo atual presidente.
O quadro pode mudar e Maia retomar o controle, mas o que inicialmente caminhava para ser um passeio tanto pra ele quanto para o seu candidato, a disputa pela presidência trilhou o caminho do imponderável, o que fica mais difícil para Maia retomar o controle da sua sucessão e viabilizar um nome que tenha sua benção, sobretudo contra a caneta do Planalto, que está fechado com Arthur Lira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário