Por Edmar Lyra
Atualmente filiado ao PSDB, Geraldo Alckmin foi governador de São Paulo por quatro ocasiões, e por duas vezes disputou a presidência da República. Na primeira tentativa, em 2006, foi derrotado por Lula, que acabou reeleito, na segunda obteve o pior desempenho de um candidato do PSDB numa eleição presidencial em 2018, quando ficou com menos de 5% dos votos válidos.
De saída do PSDB, Alckmin tem seu nome colocado para disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, onde tentaria ser pela quinta vez governador de São Paulo, mas nos últimos dias foi ventilado como possível vice de Lula em 2022. A priori, pareceu uma coisa sem muito fundamento, uma vez que o tucano sempre esteve em trincheiras opostas a Lula, porém com a própria admissão de Alckmin de que a possibilidade poderia avançar, eis que se gerou um fato novo na disputa presidencial.
Para Alckmin ser vice de Lula, ele teria que se filiar a um partido mais ao centro, que poderia ser o PSD. O partido, por sua vez, tem colocada a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco a presidente, recentemente filiado à sigla, o que obrigaria o presidente do Senado ter que abortar o projeto. Estrategicamente a aliança entre Lula e Alckmin além de garantir um palanque robusto no maior colégio eleitoral da federação para o petista, teria um simbolismo muito grande de dois quadros até então antagônicos se unirem para derrotar o presidente Jair Bolsonaro.
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