*Por Maria Paula Lousada do Diário de Pernambuco — Esta foto do indigenista pernambucano Bruno Pereira (na verdade, era mais conhecido como Bruno Cunha) me foi enviada na semana passada por seu irmão caçula Felipe. Vínhamos nos falando diariamente. Foi o Diario de Pernambuco que publicou em primeira mão a informação de que o indigenista desaparecido era pernambucano.
“Ele amava a Amazônia, mas também amava Pernambuco. Suas raízes estavam aqui. Ele amava nossa cultura, o carnaval, o Sport”, ressalta. Era um torcedor tão fanático do Rubro-negro que quando estava nas bases da Funai, onde não há comunicação, ligava pelo celular via satélite para saber os resultados dos jogos. Bruno cursou Jornalismo na UFPE, mas não concluiu.
Aos 22 anos foi morar na Amazônia, para assumir a coordenação de reflorestamento da Usina Hidrelétrica de Balbina. Trabalhou lá por aproximadamente 8 anos, até passar, em 2010, no concurso da Funai. Nas conversas que tivemos, Felipe sempre se referia a Bruno como “uma pessoa muito inteligente, doce e um grande ser humano”.
A última vez que se viram foi em novembro do ano passado, em Muro Alto. Bruno tinha vindo passar uns dias com a família. Pai de três filhos, faria 42 anos no dia 15 de agosto. Perdeu a vida de forma covarde e bárbara. Ele e Dom Phillips.
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*Maria Paula Lousada é jornalista, com pós-graduação em Ciência Política. Editora Executiva do Diario de Pernambuco.
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