terça-feira, 22 de novembro de 2016

DEPOIS DO BANCO DO BRASIL AGORA É AVEZ DA CAIXA: Caixa prepara fechamento de agências e programa de demissão para 11 mil funcionários


Caixa Econômica Federal deve seguir o exemplo do Banco do Brasil e planeja medidas de aumento de eficiência para 2017. O banco público deve fazer um novo programa de aposentadoria incentivada que pode atingir cerca de 11 mil funcionários.

No entanto, o programa não pode ser feito agora porque a Caixa precisa de R$ 1,2 bilhão para pagar incentivos e direitos. A instituição ainda também estuda a possibilidade de fechar 100 agências que não dão lucro.

“São dois problemas, tem de ter capital para resolver a questão de eficiência para aumentar o capital do banco”, disse o presidente do banco, Gilberto Occhi, após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. “Por isso, a gente ainda não fez, mas está quase pronto”, completou.

Segundo Occhi, esses 11 mil funcionários já têm condições de estarem aposentados, mas continuam na ativa. A saída deles da planilha de custo deve ajudar a Caixa a se enquadrar nas regras de Basileia 3 – as normas entram em vigor em janeiro de 2019, mas os bancos já devem estar enquadrados 18 meses, ou seja, em junho do ano que vem.

Para não depender de um aporte de capital da União, a Caixa tem de buscar eficiência e também pretende abrir o capital de duas empresas: a Lotex e a Caixa Seguridade.

Abertura de capital

Gilberto Occhi disse que o contrato com o BNDES para que comece o tramitar o lançamento inicial de ações (IPO, sigla em inglês) da área de loterias será assinado na sexta-feira. O banco de desenvolvimento será o responsável por dar o real valor do ativo, montar road shows para atrair investimentos e chamar os demais bancos para participarem da operação.

“A ideia é que a operação seja feita no primeiro semestre do ano que vem”, frisou Occhi, que justificou que o processo tem demorado mais do que o estipulado pela diretoria porque os órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), foram procurados antes. “É uma questão de negociação. Estamos fazendo com todo cuidado”.

Questionado sobre o comportamento do crédito durante a crise, ele disse que a Caixa deve ser o único banco do país que aumentou o volume de empréstimos neste ano e que manterá o ritmo em 2017. “A previsão de crédito é igual a deste ano. Nada vai fugir do que estamos fazendo hoje”, afirmou.

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