sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

LAVA JATO

·       Givaldo Calado de Freitas

Mais uma vez, sou provocado por alguns amigos. “Por que se rouba tanto em nosso país, Givaldo?”, perguntam-me.
“De fato” - digo. “Parece que se perdera o controle. Quando a  ‘Lava Jato’ começou, a gente pensava que os assaltos ao erário foram malfeitos obra de certo partido. Todavia, na medida em que as investigações avançavam, começaram a verificar que o buraco era muito mais fundo.  Então, agora, parece que não se salva mais ninguém. Que não se pode excluir nenhum partido dessa roubalheira. Todos roubaram! Todos! Como nunca se roubou nesse país. E de forma escandalosa e traiçoeira. Sobretudo, também, impiedosa. Por tirarem de tantos que precisam do serviço do Estado. Positivamente, tirando dos que mais precisam para eles que de nada precisam. Lastimavelmente, contra a população. Porque dela se subtraiu para enriquecimento de uma (uma?) quadrilha. Quadrilhas que se multiplicam. Multiplicam-se às dezenas”.
Será que tudo que acontece tem a ver com a nossa descendência? Já refleti sobre o assunto em conversas de grupos. Sem, contudo, se chegar a nenhuma conclusão. O assunto espanta alguns. Mas, sobretudo, coloca muitos no foco da discussão.  
Agora quem faz coro é a própria superprodução cinematográfica: Lava Jato. Que já estreou nos cinemas por esses dias. Casas cheias!
A solução, triste dizê-lo, parece que só com outra Revolução Francesa. Aquela de 1789, aqui, em pleno século XXI. Com penas como as daquela época. Roubar o erário público deve ser tratado como crime hediondo. 
Vamos pra ruas?
Falar. Falar. E falar. Isso não resolve. Agir. Agir. E agir. Pode resolver. Mas isso urge.

* Crônica redigida em 10.09.2017

·        Figura pública. Empresário.


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