· Givaldo Calado de Freitas
Mais
uma vez, sou provocado por alguns amigos. “Por que se rouba tanto em nosso
país, Givaldo?”, perguntam-me.
“De
fato” - digo. “Parece que se perdera o controle. Quando a ‘Lava Jato’ começou, a gente pensava que os
assaltos ao erário foram malfeitos obra de certo partido. Todavia, na medida em
que as investigações avançavam, começaram a verificar que o buraco era muito
mais fundo. Então, agora, parece que não
se salva mais ninguém. Que não se pode excluir nenhum partido dessa
roubalheira. Todos roubaram! Todos! Como nunca se roubou nesse país. E de forma
escandalosa e traiçoeira. Sobretudo, também, impiedosa. Por tirarem de tantos
que precisam do serviço do Estado. Positivamente, tirando dos que mais precisam
para eles que de nada precisam. Lastimavelmente, contra a população. Porque
dela se subtraiu para enriquecimento de uma (uma?) quadrilha. Quadrilhas que se
multiplicam. Multiplicam-se às dezenas”.
Será
que tudo que acontece tem a ver com a nossa descendência? Já refleti sobre o
assunto em conversas de grupos. Sem, contudo, se chegar a nenhuma conclusão. O
assunto espanta alguns. Mas, sobretudo, coloca muitos no foco da discussão.
Agora
quem faz coro é a própria superprodução cinematográfica: Lava Jato. Que já estreou
nos cinemas por esses dias. Casas cheias!
A
solução, triste dizê-lo, parece que só com outra Revolução Francesa. Aquela de
1789, aqui, em pleno século XXI. Com penas como as daquela época. Roubar o erário
público deve ser tratado como crime hediondo.
Vamos
pra ruas?
Falar.
Falar. E falar. Isso não resolve. Agir. Agir. E agir. Pode resolver. Mas isso
urge.
*
Crônica redigida em 10.09.2017
·
Figura pública. Empresário.
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