Investigação vai apurar "interferências indevidas" no processo de aprovação da Reforma da Previdência; ministro da Saúde também é alvo
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Da Veja - Radar
Por Mariana Muniz
Por Mariana Muniz
O Ministério Público Federal decidiu abrir um inquérito civil contra o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para apurar “interferências indevidas” no processo de aprovação da Reforma da Previdência.
A instauração da investigação está no Diário do MPF eletrônico desta quinta-feira, assinada pelo procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva.
A apuração foi solicitada pela bancada de deputados federais do PSOL David Miranda, Edmilson Rodrigues, Fernanda Melchionna, Áurea Carolina e Glauber Braga.
“Considerando a necessidade de promover ampla apuração dos fatos noticiados; Resolve instaurar inquérito civil”, diz trecho da portaria publicada no veículo oficial.
Na semana da votação da reforma na Câmara, o governo liberou bilhões de reais em emendas parlamentares e verbas de ministérios, incluindo o de Mandetta, para conseguir votos dos deputados.
Em dezembro, o governo liberou 441,3 milhões de reais na área de saúde para o pagamento de emendas parlamentares, negociadas para aprovação da reforma.
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