quinta-feira, 5 de novembro de 2020

CASO DO ESTUPRO EM SANTA CATARINA REPERCUTE EM TODO O BRASIL

 


Por Roberto Almeida

Até os clubes de futebol criticaram a justiça brasileira e se mostraram solidários à blogueira Mariana Ferrer, vítima de estupro em Santa Catarina e achincalhada no julgamento do playboy André de Camargo Aranha, que terminou sendo inocentado pelo juiz.

Principal versão que está nas páginas dos sites e jornais é de que o riquinho foi absolvido porque cometeu “estupro culposo”, quando não há intenção. Isso nem existe na Lei.

Cruzeiro, Atlético e América de Minas, os três principais clubes do Estado, divulgaram nota criticando a decisão da justiça.

O Internacional de Porto Alegre, o Coritiba do Paraná, o Botafogo do Rio e o Corinthians de São Paulo também divulgaram notas sobre o caso.

Há um clima de revolta no país contra o Ministério Público, o juiz do caso, e o suposto estuprador.

No Twitter o assunto ficou entre os mais comentados e a maioria dos internautas demonstra revolta com a injustiça que teria sido cometida.

Artistas renomados também se solidarizaram a Mariana Ferrer. “Estupro culposo' pqp", escreveu a atriz Bruna Marquezine nas redes sociais. Sua colega Deborah Secco anotou, indignada: "É revoltante essa história de estupro culposo. Revoltante!”

O advogado Cláudio Gastão da Rosa Silva foi criticado por juristas, setores da imprensa e populares, por ter usado a estratégia de criminalizar a vítima, que foi humilhada no julgamento.

É como se a mulher, no final das contas, fosse a culpada do estupro cometido pelo filhinho de papai.

A repercussão toda só foi possível porque o site The Intercept divulgou um vídeo do julgamento, escancarado o comportamento vergonhoso do advogado, do promotor e até do juiz.

O senado federal divulgou nota de repúdio contra a decisão da justiça de Santa Catarina.

Até um ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes se manifestou sobre o caso em uma rede social:

 

"As cenas da audiência de Mariana Ferrer são estarrecedoras. O sistema de Justiça deve ser instrumento de acolhimento, jamais de tortura e humilhação. Os órgãos de correição devem apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos, inclusive daqueles que se omitiram", escreveu Gilmar.

 

Especialistas em direito ouvidos por grandes portais de notícias e jornais do Rio e São Paulo, condenaram a postura do promotor Thiago de Oliveira, do advogado de André de Camargo e do juiz encarregado do caso, Rudson Marcos.

 

O principal noticiário do país, o Jornal Nacional, da TV Globo, deu destaque ao julgamento realizado em Santa Catarina, que inocentou o playboy.  

 

Na época do estupro Mariana tinha 21 anos e era virgem. Exames feitos pela polícia constataram que o sêmen nas roupas da vítima era de Cláudio Rosa e Silva. 

 

Agora o jornalista faz uma pergunta ao leitor (a): Se o envolvido nesse caso não fosse o filho de um rico empresário, ele teria sido absolvido?

 

*Na foto da Jovem Pan a vítima e seu algoz

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