terça-feira, 17 de dezembro de 2024

15º Festival de Cinema de Triunfo chega ao fim; conheça os filmes premiados

 Depois de uma semana de um mergulho no cinema no Sertão do Pajeú, festival coroa seus vencedores em noite especial


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Chegou ao fim a 15ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, coroando a força audiovisual pernambucana e brasileiro depois de uma intensa cinema de muitos filmes, diálogos, oficinas e atividades especiais pelo Theatro Cinema Guarany e por diversos cantos da cidade, que por mais um ano mostrou que o Sertão do Pajeú é terra de cinema. A noite deste sábado contou com as últimas mostras especiais e com a aguardada cerimônia de premiação, que consagrou os melhores filmes escolhidos pelos júris oficial, popular e especiais. 


E o escolhido como melhor filme pelo júri oficial e popular do festival foi o pernambucano Légua Tirana, dirigido pela dupla Diogo Fontes Ek’derô e Marcos Carvalho Xôlaka, um retrato poética e intimista do rei do baião, Luiz Gonzaga, gravado em sua terra, Exu, seguindo o artista em sua jornada de aprendizados para construir uma revolução na música brasileira.  O filme ainda levou os prêmios de melhor roteiro, melhor direção de arte, trilha sonora e melhor ator, dado para Kayro Oliveira do júri oficial. 


Já entre os curtas, Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento, venceram na categoria nacional. O melhor curta infanto-juvenil ficou com o pernambucano Yadedwa Seetô, do Coletivo Cinema no Interior. Já Carniceiros, de Geisla Fernandes e Wllysys Wolfgang, ficou com prêmio de melhor pernambucano da competição. Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada, de Bruno Marques, foi o escolhido da categoria dos Sertões. Bufála, dirigido por Tothi Santos, se consagrou como melhor filme experimental. 


O júri especial da Federação Pernambucana de Cineclubes escolheu Samuel Foi Trabalhar também como melhor filme, com menção honrosa para Damião, de Hórus. Já o júri da ABD/Apeci concedeu seu prêmio para Yadedwa Seetô.


“Precisamos fazer uma cultura inventiva e afetiva. E tenho certeza que o resultado desse festival reflete isso de forma muita intensa isso que estamos construindo na Secretaria de Cultura. Tenho certeza que entregamos um festival da forma que desejamos lá trás, com afeto e carinho, trazendo e oportunizando outras pessoas a vivenciarem o cinema pernambucano e nacional. Tenho certeza que esse festival vai ficar marcado na história, tanto do festival, como de Triunfo e do audiovisual estadual e nacional”, declarou a secretária executiva de Cultura de Pernambuco, Yasmim Neves, durante a cerimônia de encerramento. 


“Foi um festival construindo pensando na importância da ocupação dos espaços pelo interior. Participamos de escutas com os triunfenses, que trouxeram seus desejos. Eu acho que esse diálogo foi o que motivou a gente a estar nesse ano trazendo esse aspecto interior do festival. Quero agradecer a confiança dos triunfenses e do audiovisual no nosso trabalho”, complementou a coordenadora-geral do festival, Maria Samara.


ÚLTIMAS SESSÕES


Um pouco mais cedo, a programação de exibições foi encerrada com a Mostra Judith Quinto, realizada pelo Sesc Triunfo, que trouxe uma série de produções de curtas realizados na cidade, mostrando a força poética, artística e audiovisual da cidade, dona de uma identidade cultural sólida e forte. Essa tônica continuou em seguida com a mostra “Outros Sertões e o Minuto”, feita por alunos da oficina de mesmo nome realizada durante 

toda a semana no festival na zona rural do município.


“É a primeira vez que o Festival de Cinema de Triunfo leva uma atividade de formação para a zona rural da cidade e acho que isso é de extrema importância. Eu acredito que um festival não pode ser só mostras e exibições no cinema sem um olhar para a formação de plateia. Vivemos cinco dias de oficina com pessoas que nunca tiveram contato com o fazer cinematógrafo, também discutindo as representações do Sertão no audiovisual nacional”, declarou Mila Nascimento, ministrante da oficina “Outros Sertões e o Minuto”. 


No início da tarde, as atividades ficaram com o coletivo CineRuaPE. Pela manhã, promoveram uma visita guiada pelo Theatro Cinema Guarany, com o público presente conhecendo sua história, seus detalhes arquitetônicos e como o monumento tombado se tornou um dos principais focos de efervescência cultural do Sertão. Já pela tarde, o coletivo promoveu um debate sobre os cinemas de rua do Pajeú, passando por questões como seus funcionamentos, seus movimentos de retomada e suas perspectivas para o futuro.


“ASPA CINERUA”


Confira a lista completa dos vencedores do 15º Festival de Cinema de Triunfo:


JÚRI OFICIAL

Longa-metragem nacional:

LÉGUA TIRANA, dirigido Diogo Fontes Ek'derô e Marcos Carvalho Xôlaka

Troféu Caretas (Longas)

Melhor Direção:
Victória Álvares e Quentin Delaroche pelo filme TIJOLO POR TIJOLO

Melhor Fotografia: 

Julia Zakia pelo filme CITROTOXIC

Melhor Montagem: 

Quentin Delaroche pelo filme TIJOLO POR TIJOLO

Melhor Roteiro: 

Tairone Feitosa, Diogo Fontes e Edineia Campos pelo filme LÉGUA TIRANA

Melhor Produção: CARLA FRANCINE, pelo filme Sekhdese

Melhor Direção de Arte: Ana Carolina Borges e Michel Duarte, pelo filme LÉGUA TIRANA

Melhor Trilha Sonora: Wagner Miranda com Participação Especial de Hermeto Pascoal e Naná Vasconcelos, pelo filme LÉGUA TIRANA

Melhor Som: Quentin Delaroche e Victória Álvares, pelo filme TIJOLO POR TIJOLO

Melhor Ator: KAYRO OLIVEIRA , pelo filme LÉGUA TIRANA

Melhor Atriz: Bianca Joy Porte, pelo filme CITROTOXIC

Troféu Fernando Spencer para o/a Melhor Personagem na categoria de longa-metragem: Cristiane Martins de Souza Ventura, do filme TIJOLO POR TIJOLO

Menção honrosa para: CERVEJAS NO ESCURO, dirigido por Tiago A. Neves

Curta ou Média-Metragem Nacional: 

SAMUEL FOI TRABALHAR, dirigido por Janderson Felipe e Lucas Litrento.


Curta ou Média-Metragem Infanto-juvenil:

YADEDWA SEETÔ, dirigido pelo Coletivo Cinema no Interior - Comunidade Indígena Angico Pankararu


Curta ou Média-Metragem Pernambucano: 

CARNICEIROS, dirigido por Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang


Curta ou Média-Metragem dos Sertões:

MESTRE ORLANDO DO COURO: ANCESTRALIDADE VIVA NA PELE TALHADA, dirigido por Bruno Marques


Filme Experimental:

BÚFALA, dirigido por Tothi Santos


Troféu Fernando Spencer - Melhor Personagem de Curta-Metragem

SOCORRO & MAZÉ, por João Marcello


Vencedores do Troféu Caretas (curtas)


Melhor Direção: BRUNA TAVARES, pelo filme CAROL


Melhor Fotografia: ROBERTO IURI, pelo filme SAMUEL FOI TRABALHAR


Melhor Montagem: JANDERSON FELIPE E LUCAS LITRENTO pelo filme SAMUEL FOI TRABALHAR


Melhor Roteiro: LEO TABOSA pelo filme DINHO


Melhor Produção: FERNANDO MUVUCA pelo filme CARNICEIROS


Melhor Direção de Arte: CAROL TANAJURA pelo filme CARNICEIROS



JÚRI POPULAR

Longa Nacional:

LÉGUA TIRANA, Diogo Fontes Ek'derô e Marcos Carvalho Xôlaka 

Curta ou Média-Metragem Nacional: 

MANSOS, dirigido por Juliana Segóvia.



Curta ou Média Metragem Infanto-juvenil

YADEDWA SEETÔ, dirigido pelo Coletivo Cinema no Interior - Comunidade Indígena Angico Pankararu


Curta ou Média Metragem Pernambucano:

UMA IRMÃ MAIS VELHA, dirigido por Drica Mendes


Curta ou Média Metragem dos Sertões:

LILITH, dirigido por Nayane Nayse


Filme Experimental:

SUSTENTA A PISADA, dirigido por Jéssika Betânia


FOTOS: Simon Filmes/Secult-PE/Fundarpe

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Assessoria de Comunicação
Secretaria de Cultura de Pernambuco
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - Fundarpe
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