*Givaldo Calado de Freitas
"Desembauzar". Este é o neologismo que Wagner me soltou:
"Tem que desembauzar esse material". Dei de ombro. Mas, nem tanto.
Como, por certo, gostaria.
Aos poucos fui "desembauzando" minhas linhas, e as liberando
ao público pelas redes sociais; pela imprensa falada e escrita, ao tempo que ia
as ordenando e reunindo em volumes, para enviar ao prelo, com as cautelas
ditadas pelo nosso Wagner Marques.
Disse-me,
recorrente, há pouco. Publicar essas linhas? Perdi o senso? Eu? Mas, arrematei:
essas linhas não têm a menor pretensão. Conquanto, não lhes confiro relevância.
Não! Não perdi o
senso. Se falarem - que falem! - é porque se fala de tudo. De quem produz. E de
quem não produz. E eu produzi. Ou, pelo menos, penso que produzi.
Vou aos meus
arquivos. Descubro pastas e pastas “AZ”. Todas Densas. Pesadas. Seus conteúdos:
muitas... Muitas linhas. De anos, quase fechando a primeira década.
De repente,
fechada, e já a caminho da segunda metade da segunda. Linhas inéditas, todas,
ou quase todas. Meu Deus! Nunca pensei. Nunca! Elas, todas, produto de minha
pobre cabeça, fruto das minhas inquietações ou frustrações, nessa vida afora.
Elas, todas, que
contam minhas caminhadas dessa já longa jornada. Que tenho como única,
fragmentada, todavia, em longas passarelas, que encerram caminhos e descaminhos
percorridos. Mas, estes, perfazendo uma grande jornada... Sempre vertical.
Sempre valente. Sempre inteira. Sempre direta... Segundo meu modesto pensar.
Fácil esse caminho?
Não! Difícil sua ultrapassagem? Sim. Por que pedras tentaram barrá-los? Também,
sim! Contudo, pareci-me segurar na sentença de Mário Quintana: “Pedras no
caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo.”
Quem sabe, este,
formatado dessas linhas. Aí a glória. A glória do grande dia. Da grande glória.
E cada um tem a glória que merece.
À Ezandra e Diego, que me ajudam nessa difícil tarefa, disse-lhes:
"vocês pensando que chegavam ao fim. Este, longe. Muito longe, ainda!
Aqui, temos algumas vezes mais material que esse encontrado em nossas
varreduras. Mãos à obra! Posto que, já estejamos com as mãos nela.”.
Nunca pensei passar pelo que me ocorre nesses últimos tempos. Nunca!
·
Figura
Pública. Advogado de Empresas. Empresário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário