segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Garanhuns fica de fora do mapa do turismo brasileiro, segundo critérios do Governo Federal


Com 591 municípios a menos, o Mapa do Turismo Brasileiro 2019-2021 encolheu 18%. As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores quedas percentuais: 29% e 20,3%. No caso de Pernambuco, a redução foi de 26,2%. Trinta cidades pernambucanas deixaram de figurar no mapa. No entanto, como houve a inclusão de três novos municípios (Paudalho, Ibimirim e Jataúba), o saldo negativo fechou em 27. No total, Pernambuco tem agora 76 cidades com vocação turística, distribuídas em 13 regiões de desenvolvimento. A nova configuração do Mapa do Turismo Brasileiro foi anunciada na última semana pelo Ministério do Turismo.

A redução é um golpe para o turismo estadual, principalmente porque a maior parte das cidades excluídas estão localizadas no interior. Entre elas, destacam-se Garanhuns (Agreste), que realiza o Festival de Inverno, e as sertanejas Serrita, palco da tradicional Missa do Vaqueiro, e Exu, que abriga o Museu de Gonzagão.

Queremos sempre ampliar o número de municípios, mas esse movimento de entrada e saída ocorre desde o primeiro mapa

Na prática, estar fora do Mapa do Turismo inviabiliza as cidades de apresentarem projetos para atração de investimentos do governo federal, ficando restritas aos cofres municipais, estaduais e tentativas de emendas parlamentares. A entrada e saída de municípios depende do preenchimento de certos pré-requisitos.

Segundo a coordenadora-geral de Mapeamento e Gestão Territorial do Ministério do Turismo, Ana Carla Fernandes Moura, novas exigências foram debatidas em dezembro de 2018 com integrantes do setor e tornaram o processo mais rígido. "O Ministério não inclui ou exclui ninguém. Deixamos o sistema disponível para que os responsáveis alimentem com os dados que comprovem o cumprimento dos pré-requisitos. Queremos sempre ampliar o número de municípios, mas esse movimento de entrada e saída ocorre desde o primeiro mapa", explica Ana Carla Moura.

O trabalho de sensibilização dos municípios pernambucanos por parte da Secretaria Estadual de Turismo e Lazer foi elogiado pela gestora federal, que o classificou como "referência". Apesar dos esforços, o titular da pasta, Rodrigo Novaes, mostrou-se incomodado com a saída de cidades indutoras, como Garanhuns. "Acredito que algumas cidades realmente não têm condições de cumprir as exigências, mas em outros casos não há justificativa, é falta de interesse mesmo", afirma. No entanto, o secretário garante que as cidades fora do mapa seguirão recebendo investimentos do Estado.

MUNICÍPIOS EXCLUÍDOS

Araripina, Bodocó, Belo Jardim, Calumbi, Camocim de São Félix, Cortês, Exu, Feira Nova, Garanhuns, Granito, Ingazeira, Itambé, Lagoa dos Gatos, Lajedo, Limoeiro, Ouricuri, Palmares, Palmeirina, Parnamirim, Pombos, Salgueiro, Sanharó.

Com informações do JC Online

O QUE DISSE O GOVERNO MUNICIPAL DE GARANHUNS


 A secretária de Turismo de Garanhuns, Neile Barros, por sua vez, esclareceu que não conseguiu cumprir uma das novas exigências, que é o funcionamento de um Conselho de Turismo. "O nosso conselho é muito antigo, de pelo menos duas gestões passadas, e nós, apesar dos esforços, não conseguimos reunir os integrantes para retomada das atividades. Seguimos tentando para voltar ao mapa."

COM INFORMAÇÃO DO BLOG V&C GARANHUNS 

Um comentário:

  1. Lamentável a desculpa do "Governo Municipal" ! 1. Com todo o respeito, a desculpa deveria ser do próprio Prefeito que detém a representação municipal e não de uma secretária do município; 2. A atual gestão tem SETE anos e não teve tempo de corrigir a falha ?; 3. Para localizar e conseguir reunir os integrantes do Conselho, não valeria a utilização do fone 190 ? 4. Ou como alternativa, uma publicação através da imprensa, com a relação detalhada dos nomes dos Srs. Conselheiros de Turismo, se é que ainda estão vivos ? 5. Se o "conselho é muito antigo, de pelo menos duas gestões passadas", quer dizer que é ainda do tempo de Dr. Silvino, ou seja, a partir do ano de 1997 e 22 anos já decorreram. É por isso que costumo dizer que em Garanhuns somos o eternos "bruguelos" chorando à falta da comida - esperando toda a vida - a chegada da ave-mãe para colocar a comida na boca, ou então, da fada madrinha trazendo o milagre da ressurreição.

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