O respiro aliviado de encerrar a maratona de questões, que se iniciou no último domingo, se estampou no rosto dos estudantes que saíram das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (10). No que dependeu dos estudantes pernambucanos, prevaleceu a máxima de que chegar cedo é melhor do que atrasar. A chegada dos estudantes no bloco G da Universidade Católica de Pernambuco ocorreu sem nenhum atraso e a grande maioria saiu com a sensação de dever cumprido. As provas deste último dia contaram com 45 questões de matemática e 45 de ciências da natureza.
Chegar cedo foi o caso de Matheus de Caio, que aos 18 anos faz o exame pela primeira vez. "Como moro em Camaragibe e nunca se sabe o trânsito como será, minha mãe e eu achamos melhor sair de casa mais cedo e chegar com tranquilidade ao local das provas”, contou o estudante. Também no mesmo endereço, as amigas Louise de Ataíde e Maria Augusta não contiveram a ansiedade e saíram cedinho do bairro onde moram, em Jardim Brasil, em Olinda. “Como o trânsito estava bastante tranquilo, saímos de casa às 10h e chegamos às 10h30”, revela Maria Augusta, que embora tenha feito o exame pela terceira vez, a primeira valendo de fato, não sabe ao certo qual curso pretende escolher caso tenha uma boa nota no Enem 2019. Já Louise, que quer usar a nota do exame para cursar Ciência da Computação, revela que embora a ansiedade para chegar tenha a feito chegar com mais de uma hora de antecedência da abertura dos portões, sua preocupação com horário vai além. “Acho que essas cinco horas para responder as 90 questões é muito pouco”, critica a jovem.
Na edição de 2019, a maioria de inscrições na prova foi feita por mulheres, 59,5%. A taxa demonstra uma continuidade no crescimento percentual de mulheres no acesso à educação superior divulgado pelo IBGE em 2018, que certificou um aumento de 16,5% de mulheres com nível superior em 2012 para 22,8% em 2018. Um exemplo do aumento do interesse das mulheres pela formação superior é o apoio dado por Jacilene Minervino de Ataíde a sua filha, Maria Nazaré de Ataíde, 19. Jacilene trabalha como cobradora de ônibus, emprego que garante o sustento dela e de suas duas filhas. Na manhã deste derradeiro dia do Enem, ela estava transportando estudantes para seus locais de prova quando sua filha, por ter perdido os documentos, estava em desespero sem saber se conseguiria fazer a prova. “Eu estava dentro do ônibus, carregando crianças para suas provas, e minha filha estava em casa aos prantos por ter perdido o documento, na incerteza de fazer a prova. Se eu abandonasse o trabalho, naquele horário, os estudantes que estavam no ônibus não conseguiriam chegar à prova”, contou angustiada. Felizmente, a situação da sua filha foi solucionada pela organização do exame. “Ela conseguiu fazer a prova com o Boletim de Ocorrência, o registro de nascimento e uma carteira de estudante antiga”, explicou. Jacilene, após largar do trabalho, correu para o prédio onde a filha realizou a prova e ficou esperando desde o meio-dia até o fim da prova, 18h.
A prova deste domingo contou com questões sobre caldo de feijão, Tinder, Lei de Mendel e até sobre usar batatas para diminuir o sal dos alimentos. A pergunta citava o caso de uma cozinheira que salgou demais o caldo de feijão e usou as batatas. Em todo o exame, 2019 teve a primeira edição do Enem, em dez anos, que não trouxe nenhuma questão relativa à ditadura militar (1964-1985). A estudante do segundo ano do ensino médio, Iandra Francine, 16, gostou da prova pela contextualização das questões. "Eu achava que seria mais complicado de fazer todas as questões, principalmente por ser minha primeira experiência no Enem, mas consegui fazer a prova, ler tudo", explicou. Para a estudante, que fez o exame por experiência, a prova ficou mais difícil na parte de química. "Matemática tinha muita interpretação de texto, as outras também, mas química não tinha como fugir dos elementos e algumas fórmulas", completou. Débora Karla, 20, também saiu do Enem tranquila com o conteúdo da prova. “Eu achei razoável, na verdade achei que seria um pouco mais difícil”, explicou a estudante.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os cadernos de questões e os gabaritos das provas realizadas neste domingo serão divulgados na próxima quarta-feira. Já os resultados individuais saem em janeiro de 2020. Mas, para os chamados treineiros, que fazem o Enem apenas para se ambientar com a prova porque não vão concluir o ensino médio até o fim do ano, os resultados devem sair apenas em março do próximo ano.
Na edição de 2019, a maioria de inscrições na prova foi feita por mulheres, 59,5%. A taxa demonstra uma continuidade no crescimento percentual de mulheres no acesso à educação superior divulgado pelo IBGE em 2018, que certificou um aumento de 16,5% de mulheres com nível superior em 2012 para 22,8% em 2018. Um exemplo do aumento do interesse das mulheres pela formação superior é o apoio dado por Jacilene Minervino de Ataíde a sua filha, Maria Nazaré de Ataíde, 19. Jacilene trabalha como cobradora de ônibus, emprego que garante o sustento dela e de suas duas filhas. Na manhã deste derradeiro dia do Enem, ela estava transportando estudantes para seus locais de prova quando sua filha, por ter perdido os documentos, estava em desespero sem saber se conseguiria fazer a prova. “Eu estava dentro do ônibus, carregando crianças para suas provas, e minha filha estava em casa aos prantos por ter perdido o documento, na incerteza de fazer a prova. Se eu abandonasse o trabalho, naquele horário, os estudantes que estavam no ônibus não conseguiriam chegar à prova”, contou angustiada. Felizmente, a situação da sua filha foi solucionada pela organização do exame. “Ela conseguiu fazer a prova com o Boletim de Ocorrência, o registro de nascimento e uma carteira de estudante antiga”, explicou. Jacilene, após largar do trabalho, correu para o prédio onde a filha realizou a prova e ficou esperando desde o meio-dia até o fim da prova, 18h.
A prova deste domingo contou com questões sobre caldo de feijão, Tinder, Lei de Mendel e até sobre usar batatas para diminuir o sal dos alimentos. A pergunta citava o caso de uma cozinheira que salgou demais o caldo de feijão e usou as batatas. Em todo o exame, 2019 teve a primeira edição do Enem, em dez anos, que não trouxe nenhuma questão relativa à ditadura militar (1964-1985). A estudante do segundo ano do ensino médio, Iandra Francine, 16, gostou da prova pela contextualização das questões. "Eu achava que seria mais complicado de fazer todas as questões, principalmente por ser minha primeira experiência no Enem, mas consegui fazer a prova, ler tudo", explicou. Para a estudante, que fez o exame por experiência, a prova ficou mais difícil na parte de química. "Matemática tinha muita interpretação de texto, as outras também, mas química não tinha como fugir dos elementos e algumas fórmulas", completou. Débora Karla, 20, também saiu do Enem tranquila com o conteúdo da prova. “Eu achei razoável, na verdade achei que seria um pouco mais difícil”, explicou a estudante.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os cadernos de questões e os gabaritos das provas realizadas neste domingo serão divulgados na próxima quarta-feira. Já os resultados individuais saem em janeiro de 2020. Mas, para os chamados treineiros, que fazem o Enem apenas para se ambientar com a prova porque não vão concluir o ensino médio até o fim do ano, os resultados devem sair apenas em março do próximo ano.
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