sábado, 23 de abril de 2022

PSDB caminha para novo resultado desastroso na disputa presidencial

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

Com duas vitórias em eleições presidenciais em 1994 e 1998, quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, o PSDB teve grande contribuição com o país quando estabeleceu o Plano Real, as metas de inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o câmbio flutuante e as privatizações que ajudaram o país a vivenciar uma melhora macroeconômica com o fim da hiperinflação.

Sem sombra de dúvidas foi um dos partidos que mais contribuíram com o desenvolvimento do país, porém já faz um tempo em que os tucanos estão vivenciando uma crise existencial, em especial após as derrotas de 2002 até 2014 quando ficou na segunda colocação e o desempenho pífio de 2018, quando seu candidato, Geraldo Alckmin, terminou com pouco mais de 4% dos votos válidos.

Ao que tudo indica, o partido caminha para ter um desempenho semelhante, com a diferença de que naquela ocasião Alckmin contou com uma grande coalizão partidária, enquanto o ex-governador João Doria, nome tucano para a disputa, está isolado em relação aos demais partidos e dentro do ninho tucano há uma briga jamais vista nas hostes tucanas entre seus principais expoentes.

Não é só a disputa presidencial que preocupa o PSDB, o partido corre o risco de ser dizimado também do Senado, dos governos estaduais e da Câmara dos Deputados. Seu principal estado, que virou um bunker de resistência, São Paulo, onde governa há trinta anos, está em vias de perder com o atual governador Rodrigo Garcia, que patina nas pesquisas eleitorais. Pode haver mudança de rota? Sim, mas ao que tudo indica, 2022 será apocalíptico para o PSDB que tanto contribuiu com o Brasil nas últimas décadas.

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