Por Magno Martins
Em Pernambuco, Lula lidera com ampla vantagem a preferência do eleitorado na polarização contra Bolsonaro. Chega a apresentar quase três vezes mais intenção de voto – 54% a 23%. Se a eleição fosse hoje seria uma goleada, mas ainda está longe. E quem define um pleito é o curso da campanha.
Lula tem muitas fragilidades, sendo a mancha da corrupção e a bandidagem do PT, seu partido, as principais. Ontem mesmo, o seu contador João Muniz Leite, que fez as declarações de renda de 2013 e 2016 dele (Lula) apareceu envolvido em um mega escândalo, suspeito de lavar R$ 16 milhões em loterias com o PCC – o Primeiro Comando da Capital.
O escritório do contador fica no mesmo endereço em que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente, mantém três empresas: a FFK Participações, a BR4 Participações e a G4 Entretenimento, conforme dados da Junta Comercial de São Paulo. O ex-presidente Lula (PT) multiplicou por quase dez vezes o seu patrimônio desde a última vez que disputou a Presidência, em 2006. À época, o petista tinha bens equivalentes a um cidadão de classe média: R$ 839 mil.
Hoje, Lula é um milionário. O petista tem quase R$ 8 milhões em imóveis, veículos, aplicações financeiras e outros bens – segundo declaração dele à Justiça Eleitoral no registro de sua candidatura à reeleição, em 2006. O aumento da riqueza do petista (de quase 1.000%) é muito maior do que a inflação do período de 12 anos entre as duas eleições, que foi de 97%.
Suspeitas de propinas – Quando as informações do patrimônio financeiro de Lula vieram à tona, o PT justificou o expressivo incremento de bens de Lula. Informou que era resultado sobretudo das palestras que ele começou a dar após deixar a Presidência, em 2011. Cada palestra chegava a custar até US$ 200 mil (R$ 780 mil em valores atuais), segundo declarações do próprio Lula. O Ministério Público Federal (MPF) suspeita que as palestras, contratadas por grandes empresas (muitas delas envolvidas com a Lava Jato), seriam uma forma de pagar propina ao petista.
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