domingo, 31 de julho de 2022

Bolsonaro e Lula se equilibram nas corridas estaduais

 

Foto: Ricardo Stuckert e Marcos Correa/PR/Reprodução

Um levantamento feito pela consultoria Arko Advice mostra que Jair Bolsonaro(PL) e Lula (PT) começam suas campanhas à Presidência da República em condições semelhantes no que diz respeito aos apoios na disputa dos governos estaduais. Cada um tem apoio de pelo menos nove candidatos que lideram as corridas locais, segundo dados coletados pela empresa com base nas pesquisas eleitorais.

A vantagem dos candidatos está, principalmente, em seus redutos eleitorais: os candidatos bolsonaristas estão melhor no Centro-Oeste e no Sul, enquanto os de Lula despontam no Nordeste.

Os candidatos bolsonaristas que lideram pesquisas estão nos estados de Acre (Gladson Cameli/ PP), Ceará (Capitão Wagner/ União), Mato Grosso (Mauro Mendes/ União), Paraná (Ratinho Júnior/ PSD), Rio de Janeiro (Cláudio Castro/ PL), Rio Grande do Sul (Onyx Lorenzoni/ PL) e Tocantins (Ronaldo Dimas/ PL), além do Distrito Federal (Ibaneis Rocha/ MDB).

Já os lulistas lideram nas corridas de Pará (Helder Barbalho/ MDB), Paraíba (João Azevêdo/ PSB), Pernambuco (Marília Arraes/ SD), Piauí (Rafael Fonteles/ PT), Rio Grande Do Norte (Fátima Bezerra/ PT), São Paulo (Fernando Haddad/ PT) e Espírito Santo (Renato Casagrande/ PSB). No Maranhão os dois candidatos que lideram a disputa são aliados de Lula: Carlos Brandão (PSB) e Weverton Rocha(PDT).

No estado de Alagoas há um empate técnico entre o senador bolsonarista Fernando Collor (PTB) e o atual governador, o lulista Paulo Dantas (MDB).

As campanhas de Bolsonaro e Lula têm como prioridade focar na região Sudestenas semanas que antecedem o pleito. Ali estão os três maiores colégios eleitorais do país.

Ainda que o petista Fernando Haddad esteja liderando em São Paulo, seus correligionários sabem que o interior do estado costuma ser anti-PT e que o cenário favorável ao candidato pode mudar rapidamente nas próximas semanas. A campanha eleitoral começa oficialmente em 15 de agosto e, com ela, o início do horário eleitoral gratuito em rádio e TV. Além disso, Bolsonaro pode reduzir sua rejeição com o pagamento ampliado do Auxílio Brasil, que começa no próximo mês, e com o estímulo ao antipetismo.

“Em São Paulo, onde estão 22% dos eleitores do país, Lula sai na dianteira e deve aproveitar a posição do candidato Fernando Haddad (PT), que aparece em primeiro lugar, com 34% (Real Time Big Data). Enquanto isso, Tarcísio de Freitas (Republicanos), representante de Bolsonaro, ainda disputa um lugar no segundo turno com Rodrigo Garcia (PSDB) – ambos estão tecnicamente empatados com 20% e 16%, respectivamente”, informa o relatório da Arko Advice.

O cenário em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, ainda é incerto para Bolsonaro. Ele tenta fechar aliança com o atual governador, Romeu Zema, mas ainda não conseguiu —em contrapartida, Lula firmou acordo com Alexandre Kalil (PSD). No Rio, o terceiro em número de votantes e berço político de Bolsonaro, a situação do presidente está melhor e ele tem apresentado empate técnico com o petista nas pesquisas. Seus aliados, no entanto, evitam se opor ao ex-presidente em âmbito local— inclusive o governador Cláudio Castro, correligionário de Bolsonaro.

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