sexta-feira, 29 de julho de 2022

Protagonismo de Arthur Lira deverá permanecer em 2023

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

A disputa presidencial ganhou um componente de negociação do ex-presidente Lula, candidato do PT ao Planalto, com o União Brasil sob a promessa de apoio de um eventual governo Lula ao presidente nacional do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar, para que este venha a ser o próximo presidente da Câmara dos Deputados. Apesar de ser uma tentadora proposta, a tese de Lula teria dificuldades reais de prosperar.

O atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), adquiriu um protagonismo significativo no comando da Casa, e por ter direito a reeleição em fevereiro de 2023, são poucas as chances de outro aspirante ao comando da Casa lograr êxito, ainda que haja uma mudança de comando do Palácio do Planalto. Lira possui não só o apoio do centrão como de diversos partidos de esquerda, e atualmente detém um poder, no tocante as pautas do país, talvez até maior que o chefe do executivo e o do judiciário.

Os partidos de esquerda projetam eleger cerca de 150 parlamentares em outubro, dos quais alguns deverão seguir com Lira numa eventual e provável tentativa ao segundo mandato, o que dificultaria muito, ainda que Lula faça aliança com partidos como PSDB, MDB e União Brasil, de o próximo presidente  da Câmara dos Deputados ser outro nome que não seja o político alagoano.

Por isso, prometer a presidência da Câmara dos Deputados a Luciano Bivar ou a outro nome faz parte do jogo de Lula em busca dos partidos para tentar chegar ao Planalto, mas executar a promessa será algo difícil para não dizer impossível e tanto Luciano Bivar quanto qualquer outro nome devem ter ciência de que as chances de desbancar Arthur Lira do comando da Casa são próximas de zero.

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