segunda-feira, 25 de julho de 2022

Bolsonaro oficializa candidatura com ataques a Lula e pauta de costumes

 

Foto: Divulgação

Por Edmar Lyra

O presidente Jair Bolsonaro realizou na manhã deste domingo a convenção que homologou sua candidatura à reeleição pelo PL, que tem em sua coligação o PP, o PTB e o Republicanos. Além da escolha do general Walter Braga Netto como candidato a vice-presidente, a convenção foi marcada por um protagonismo da primeira-dama Michele Bolsonaro, que abriu o evento defendendo as pautas que ajudaram a eleger o presidente em 2018. A estratégia de utilizar a primeira-dama é uma tentativa de diminuir a rejeição do presidente junto ao eleitorado feminino, que é maioria no país e não nutre muita simpatia pelo presidente.

Outra estratégia claramente utilizada foi fazer um contraponto ao seu adversário, o ex-presidente Lula (PT), afirmando que a volta de Lula seria a volta de integrantes do partido que se envolveram em escândalos de corrupção, como José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e a ex-presidente Dilma Rousseff. A campanha de reeleição do presidente quer mostrar que a volta de Lula seria também a volta destes atores que estariam “escondidos” da campanha do petista.

A ideia de atacar ideologia de gênero, utilizar versículos da Bíblia, fazer uma oração na abertura e rezar um Pai Nosso no encerramento, é claramente uma tentativa de se reestabelecer pela pauta de costumes que ajudou o presidente na disputa de 2018, bem como a questão do Auxílio Brasil, quando o próprio presidente fez questão de garantir que o valor de R$ 600 para 2023 caso seja reeleito em outubro.

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro reconhecem o desafio, mas acreditam que a medida que o guia eleitoral começar e as ações do governo ficarem mais evidentes para a população, sua rejeição diminuirá substancialmente e ele terá plenas condições de derrotar o ex-presidente Lula no embate direto pelo Palácio do Planalto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário