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Givaldo
Calado de Freitas
Amigos me deram um susto. De Repente, Chaplin, no Camarote com
todos nós.
Da minha cabeça, a lembrança de sua morte no Natal de 1977. Ele
já aos 88 anos.
De repente, também, a lembrança do roubo de seu cadáver, com
caixão e tudo, de sua sepultura em 1º de março de 1978. Mais que de repente,
ainda, a lembrança do tampão de 1,80m de espessura que a família colocara em
seu segundo sepultamento, para evitar mais malfeitos em seu túmulo.
Será que Chaplin está entre nós, decorrido
tantos anos? Não duvido. Não duvido... Sobretudo em dias como os que hoje
vivemos em nosso país. Roubos. Roubos. E mais
roubos... Que talvez tenham chegado até a Suíça, onde ele se encontra
enterrado, no cemitério Corsier-sur-Vevey.
Será que roubaram de novo o
cadáver de Charles Spencer Chaplin? E ele ressuscitou para estar conosco nessa
XXVI Edição do Festival de Inverno
de Garanhuns?
Devaneando em meio à beleza, ao encanto e a magia do Festival de
Inverno de Garanhuns? Ou embriagado pelo calor humano de tantos amigos e amigas
que nesses momentos se juntam para saudarem Garanhuns?
É que, nessas horas, aqui,
homem comum vira Papa Francisco. É que, nessas horas, aqui, gente do povo vira
Charles Chaplin...
São fatos que somente ocorrem em Garanhuns? Ou nesse nosso
planeta, cada vez mais plano, em algum lugar, devaneio e embriaguez pelo
entusiasmo dos amigos nos levam a tanto?
Não! Isso não pode acontecer. Nem aqui, nem alhures. No que pese
o próprio Chaplin. No que pese Evita. E esta, faz pouco diziam nas Redes que
teriam seus restos mortais sido violados. Não! Não pode ter sido. Estive, lá,
onde está. No Risoleta. A sepultura é profunda. Metros e metros de profundidade
- penso que 60. E placas e placas de concreto a cada 5 metros.
Mas eis que um amigo meu se sai com essa:
“Givaldo, Chaplin, não. Ele nunca vai ressuscitar. Ele não era político. Evita,
quem sabe? Já foi uma. De repente, ressuscita novamente. Político é assim.”.
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Figura pública. Advogado de empresas.
Empresário.
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