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Givaldo Calado de Freitas
Eu, em São Paulo,
respondo a um amigo que me pergunta sobre a Copa, que se avizinha.
“Mas, até aqui,
Givaldo?”, diz-me Emília. “Sim, até aqui. Em Sampa. Em qualquer lugar, não
corro. Nem me escondo. Logo eu, que tanto prego ‘livro aberto’. Até aqui. E
pronto”.
E lá vou eu:
“Não, amigo. Não! Não
vou pra Copa. Não gosto da Rússia. E essa minha falta de gosto pela Rússia não
tem nada a ver com Hitler ou Stalin. O primeiro, que perdeu. O segundo, que
ganhou. Na Segunda Mundial. Ou com a Guerra Fria da Rússia x Estados Unidos
Unidos. Ou, ainda, lá de trás, com Napoleão. Que perdeu para os russos, e foi
exilado na Ilha de Elba. E que, afinal, perdeu para os ingleses, sendo exilado,
perpetuamente, na Ilha de Santa Helena, até morrer por lá.
Vejo os jogos da Copa
desde 1958, amigo. Eu, ainda criança, ia com meus pais para casa do tio
Raimundo. Só via (via?) os saltos e os gritos de alegria do tio a cada malabarismo
da seleção. Quando num gol, a casa da Rua Djalma Dutra tremia.
Ainda, hoje, minhas
lembranças dos nomes de Gilmar, De Sorde e Belini, Orlando e Nilton Santos,
Zito e Didi, Garrincha, Pelé, Vavá e Zagalo. E cantávamos os nomes desses
heróis. E o fizemos por longos anos. Ainda hoje. Vez em quando.
Não, amigo. Não vou! Da
minha casa, com amigos e amigas, de já, dou-me por satisfeito.
E, ainda ‘paulistando’,
passo na Oscar Freire e compro minhas vestimentas para os jogos, que começam já
a partir de 21 de junho. E que chegarão me vendo pronto, prontinho... para as
pelejas. De lá, da ‘Cidade de Simôa’, curtindo aquele friozinho gostoso de
Garanhuns”.
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Figura pública. Empresário.
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