terça-feira, 24 de julho de 2018

Ontem dia (23) cinco (5) anos da morte de Dominguinhos


José Domingos de Moraes, conhecido como Dominguinhos, nasceu em Garanhuns/PE, no dia 12 de fevereiro de 1941, filho de um famoso tocador e afinador de foles, mestre Chicão.

Aos seis anos de idade, ainda com o apelido de Neném do Acordeon, tocava pandeiro com seus irmãos Moraes (sanfona) e Valdomiro (malê, espécie de zabumba) no trio Os Três Pinguins.

O grupo apresentava-se em feiras e portas de hotéis de Garanhuns. Numa dessas exibições, em 1948, foi ouvido por Luiz Gonzaga, o conhecido Rei do Baião, que ficou encantado com Dominguinhos e prometeu-lhe uma sanfona de presente se algum dia ele resolvesse ir ao Rio de Janeiro.
Em 1954, sua família mudou-se para o Rio, radicando-se em Nilópolis. Dominguinhos procurou o Rei do Baião para cobrar-lhe a promessa, sendo presenteado com uma sanfona nova.

De posse do novo instrumento formou com Miudinho e Borborema o Trio Nordestino, passando a se apresentar em circos e arrasta-pés de pequenas cidades do interior do Rio.

Em 1956, já acompanhava Luiz Gonzaga em shows e gravações. O Velho Lua, seu padrinho musical, foi quem o apresentou ao mundo artístico do Rio de Janeiro na época.

Em 1957, foram a cidade de Vitória, no Espírito Santo, onde aprendeu a tocar outros gêneros musicais como boleros e sambas, para se apresentar em dancings e boates.

Foi Luiz Gonzaga que mudou seu nome artístico de Neném do Acordeon para Dominguinhos, pois dizia que seu apelido de infância não o levaria a lugar algum.

Em 1965, Pedro Sertanejo, um dos pioneiros do forró no sul do país (pai de Oswaldinho do Acordeom), o convidou para gravar um disco LP (long-play) dirigido ao mercado de migrantes nordestinos em sua pequena gravadora Cantagalo.

Dois anos depois, participou de uma das excursões musicais de Luiz Gonzaga como sanfoneiro e motorista, onde conheceu a cantora Lucinete Ferreira, a Anastácia, que se tornaria sua esposa e parceira em várias músicas como Eu só quero um xodó e Tenho Sede, êxitos na voz de Gilberto Gil, que o tornaram nacionalmente conhecido, além de outros sucessos como De amor eu morrerei, Lamento de saudade, Saudade matadeira e Forró em Petrolina.

Participou de diversos festivais de música nacionais e tem diversos discos gravados. Até 1978, já havia gravado sete LPs.

Suas canções são interpretadas por nomes como Maria Bethânia, Gal Costa, Caetano Velloso, Elba Ramalho, Raimundo Fagner, entre outros.

Tem músicas em parceria com grandes nomes da música popular brasileira como Chico Buarque (Tantas palavras, Xote da navegação), Nando Cordel (De volta pro aconchego, Gostoso demais, Faz de mim, Isso aqui tá bom demais), Gilberto Gil  (Abri a porta e Lamento sertanejo), Manduka (Quem me levará sou eu), Fausto Nilo (Pedras que cantam).

É autor também de trilhas e temas musicais de filmes como O Cangaceiro(Aníbal Massaini Neto) e As Aventuras de um Paraíba (Marco Altberg).

Na sua longa discografia estão incluídas a composição e gravação de choro, forró, xaxado, baião, coco, quadrilha, entre vários outros ritmos da música típica do Nordeste brasileiro.

O famoso Forró do Dominguinhos além de espalhar-se pelo País nos shows que ele fazia para plateias universitárias, virou um gênero musical.

Dominguinhos faleceu em São Paulo no dia 23 de julho de 2013, aos 72 anos. Cinco anos do seu falecimento.

Fonte: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.




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