• Givaldo Calado de Freitas
“E hoje?”, um amigo me perguntou. “Hoje o quê?”, devolvi. “Estamos vivendo o Festival de Inverno de Garanhuns, Givaldo”. Cravei: “Sei disso, amigo. Dele, já se vão 28. Vinte e oito anos. Eu, e tantos e tantas, sempre o defendemos. E, nele, sempre estivemos presentes. Mas veja sua pergunta, amigo: ‘E hoje?' E tão só.”
O amigo volta e diz que, na verdade, gostaria saber se eu estarei na Esplanada, hoje, uma segunda-feira chuvosa e de muito frio. Respondi: “Da chuva não tenho medo, apesar de entendê-la incômoda em certas ocasiões. Quanto ao frio, dele gosto. E, no mais, é uma questão pra agasalho resolver.”
Impertinente, o amigo ainda me faz outra pergunta, a terceira?: “Mas você vai todo dia, Givaldo?”. Foi longe demais. “Ora, ora, amigo. E por que não? O FIG se compõe de dez dias e dez noites. E nesta edição, a 28ª, serão mais de 500 atrações espalhadas pela cidade através de seus mais de 13 Palcos. Dentre eles, o erudito, na Catedral de Santo Antônio.
Sinto, no entanto, não poder viver todos. Eu e tantos. Sobretudo, os turistas que vêm de longe ávidos para... Aliás, considero uma façanha impossível a gente viver todos os Polos. Mas já que você está tão interessado em saber da minha agenda de hoje, posso lhe adiantar que vou estar na Casa das Artes - Território Cultural de Garanhuns e, em seguida, na Matriz de Santo Antônio. Que, hoje, nos traz 02 espetáculos muito recomendados e de muito sucesso. Às 16 e às 21 horas. Depois é que vou reviver aqueles sucessos de Dalva de Oliveira e Nubia Lafayette, nas vozes de Gonzaga Leal e Áurea Martins, cantando Dalva, e Cristina Amaral, cantando Nubia. Ambos em homenagens a esses patrimônios de nossa música.”
“Ah! Entendi. Já sei que você gosta da chamada ‘dor de cotovelo’. Daí esse seu corre-corre para estar presente a tudo. Não perder nada”, ironiza esse meu amigo...
Há amigos que nos perturbam, deveras.
• Acadêmico. Figura Pública.
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