quinta-feira, 16 de maio de 2019

Garanhuenses saem as Ruas em Prol da Educação e contra Contingenciamento de Recursos


Entre Professores, Alunos, Vereadores e Representantes de Partidos e Associações, cerca de 3 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar, participam, na manhã de hoje, dia 15, do movimento em prol da Educação e contra os cortes de recursos anunciados pelo MEC, que afetam as Univesidades e Institutos Federais em todo o Brasil.

A concentração foi na Praça Souto Filho (Fonte Luminosa). De lá, com faixas, cartazes e carros-de-som, os manifestantes seguiram até o centro da Cidade, onde foram proferidos discursos contrários as medidas adotadas pelo Governo Bolsonaro. "Esse movimento é um ato em prol da educação. Nós estamos defendendo a educação do Brasil porque se esses cortes se confirmarem, vai ser impossível fechar o ano com esse contingenciamento de um terço daquilo que nos temos, daquilo que foi disponibilizado", frisou o diretor da UAG/UFRPE, Airon Melo. 

De acordo com o Professor Airon, dos R$ 10 milhões que a UFRPE tinha de Orçamento de Custeio para o ano de 2019, foram liberados apenas 40% desse montante. "Até o final do ano eu teria mais 6 milhões a parcelar durantes os meses restantes. Com o contingenciamento, tiraram R$ 3,7 milhões e é impossível terminar o ano desse jeito, a não ser que decidamos cortar todas as aulas práticas, todos os transportes, todas as diárias de administração da Universidade e cortar 74% dos cargos terceirizados. Se isso acontecer vamos ficar sem limpeza, sem segurança e sem transporte", complementou o Gestor da UAG/UFRPE, que teve que demitir nesta semana 24 servidores terceirizados, que atuavam como motoristas e nas áreas de segurança e de limpeza, para equilibrar as contas da Unidade Acadêmica.

"Não é por uma Categoria ou Instituição Específica, é pela educação! Por isso é importante que Garanhuns se una a outros municípios do Brasil neste momento", registrou o diretor geral do Campus do IFPE em Garanhuns, José Carlos de Sá.

ENTENDA AS MEDIDAS DO GOVERNO FEDERAL - O Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de abril, uma parte do orçamento das 63 Universidades e dos 38 Institutos Federais de Ensino. O corte, segundo o Governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como: água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de salários e aposentadorias não foram afetadas.

No total, considerando todas as Universidades, o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios (chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das Federais. Segundo o MEC, esse Contingenciamento foi adotado porque a arrecadação de impostos está menor do que o previsto. Ainda de acordo com o Governo Federal os repasses às Universidades podem voltar a normalidade, caso a arrecadação volte a subir. (Com informações e imagens do Portal V&C Garanhuns. CONFIRA)

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