Por Edmar Lyra
A partida de Joaquim Francisco na última terça-feira, cujos velório e sepultamento se deram ontem deixou uma lacuna na política pernambucana. Com diversos cargos públicos ocupados, Joaquim não teve uma vírgula que maculasse sua trajetória. Político a moda antiga, Joaquim não se valeu dos cargos que ocupou para viabilizar familiares na política, uma postura cada vez mais rara nos dias de hoje, porém mesmo sem atuar diretamente neste sentido, deixou um herdeiro que poderá dar prosseguimento ao seu legado em Pernambuco.
Trata-se do secretário da Casa Civil, José Francisco Neto, sobrinho de Joaquim, braço direito do governador Paulo Câmara e nome capaz de pacificar a Casa Civil, responsável pela passagem mais longeva nos últimos anos naquela pasta, e mais do que isso, praticamente uma unanimidade no governo Paulo Câmara. Habilidoso, José Neto é um artífice do diálogo e do entendimento, contribuindo diretamente para o sucesso das ações desempenhadas por Paulo Câmara em Pernambuco.
A família já ofertou três governadores a Pernambuco, o próprio Joaquim, Moura Cavalcanti, e também teve o ex-deputado José Francisco de Melo Cavalcanti, pai de Joaquim, e avô do atual secretário da Casa Civil, que teve atuação destacada na Alepe, chegando a assumir o cargo de governador. Agora caberá a José Neto a incumbência de manter o legado de uma família que possui serviços prestados a Pernambuco, mesmo que não venha a disputar mandatos eletivos.
Na Casa Civil, José Neto será responsável junto com Paulo Câmara pela construção política da Frente Popular e consequentemente na sucessão do governador em 2022, desempenhando um papel estratégico para ajudar o PSB a manter sua hegemonia política no estado.
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