Nacionalmente, o PSDB conquistou protagonismo ao eleger Fernando Henrique Cardoso por duas vezes para a presidência da República. Além disso, o partido esteve entre as duas primeiras colocações de 1994 a 2014. Se no âmbito nacional, os tucanos tiveram momentos importantes na história recente, em Pernambuco, o partido teve um desempenho pífio em 2018, quando não elegeu um único deputado federal e elegeu apenas uma deputada estadual.
Num passado não muito distante, o PSDB elegeu dois senadores, Carlos Wilson em 1994 e Sergio Guerra em 2002, e chegou a ter cinco deputados estaduais e três deputados federais, em 2010 e 2014, respectivamente. Mas o partido vive um momento extremamente frágil, pois repetiu o péssimo desempenho em 2020, quando não elegeu um único vereador no Recife e perdeu prefeituras importantes, como Santa Cruz do Capibaribe e Gravatá.
É neste contexto que surge a pré-candidatura da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, que é presidente estadual do partido. Recentemente a sigla recebeu o reforço do ex-senador Armando Monteiro, e na semana passada, o ex-prefeito de Garanhuns, Izaias Regis, que poderá ser candidato a deputado estadual. Outro nome esperado nas hostes tucanas é a deputada estadual Priscila Krause, que possui uma relação muito próxima com Raquel Lyra e ficaria muito mais confortável no PSDB para tentar a reeleição do que no futuro União Brasil.
Se Raquel Lyra avançar com sua postulação, será a segunda vez que o PSDB terá candidatura própria ao Palácio do Campo das Princesas, a primeira foi em 1998 quando o então senador Carlos Wilson ficou em terceiro lugar na disputa vencida por Jarbas Vasconcelos, que derrotou o então governador e candidato à reeleição, Miguel Arraes. A candidatura própria e a chegada de novos quadros poderão fazer novamente do PSDB um partido representativo em Pernambuco, que desde a morte de Sergio Guerra, líder maior da sigla, em 2014, vem perdendo espaço na política estadual.
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