quinta-feira, 14 de abril de 2022

Cenário de disputas estaduais no Nordeste exige alerta de Lula

 

Foto: Ricardo Stuckert

Por Edmar Lyra

A disputa entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula que se acirrou nos últimos dias devido a divulgação de pesquisas que apontam para uma diminuição significativa da vantagem do petista sobre o atual comandante do Planalto.

A vantagem nacional de Lula existe por conta da vantagem mais elástica que ele possui no Nordeste, enquanto perde com folga no Norte e Centro-Oeste e empata tecnicamente com Bolsonaro no Sul e Sudeste. A região Nordeste sempre foi um reduto petista, e em 2018 apesar da onda bolsonarista, a região foi quem deu larga vantagem a Fernando Haddad e elegeu todos os governadores ligados ao PT ou à esquerda.

O cenário de 2022 parece ser diferente do que aconteceu em 2018 na região Nordeste, onde na Paraíba a disputa deve polarizar entre o atual governador João Azevedo (PSB) e o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), em Pernambuco nomes como Raquel Lyra (PSDB), Miguel Coelho (União Brasil) e Anderson Ferreira (PL) farão contraponto a nomes lulistas como Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (Solidariedade), na Bahia, ACM Neto (União Brasil) chega muito fortalecido contra o nome apresentado pelo PT, e assim se repete em outros estados.

Esses movimentos poderão mitigar a vantagem elástica de Lula no Nordeste, o que precisará de uma atenção especial do comando de campanha petista na região para tentar ampliar a sua vantagem a fim de reproduzir algum tipo de retomada de recuperação no restante do país. A cada dia que se passa se torna necessário um freio de arrumação na campanha de Lula para retomar o caminho de crescimento e evitar a recuperação mais sólida do atual presidente, e o caminho é o principal reduto que sempre deu a Lula e ao PT grandes vitórias: o Nordeste.

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