segunda-feira, 14 de julho de 2025

Bravatas de Lula custaram caro ao Brasil

 

Foto: Reprodução

Por Edmar Lyra

Por décadas, o Brasil construiu com os Estados Unidos uma relação de cooperação comercial e institucional estratégica, mesmo com eventuais divergências ideológicas entre governos. O equilíbrio entre soberania e pragmatismo sempre norteou nossa política externa. No entanto, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, esse eixo tem sido substituído por uma retórica agressiva, alinhamentos controversos e decisões que, agora, começam a cobrar um preço alto — como a recente taxação de 50% imposta pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros, um duro golpe para a já fragilizada balança comercial do país.

O episódio não surgiu do nada. É resultado direto de uma sequência de atitudes diplomáticas desastrosas por parte do governo Lula, que optou por uma política externa guiada por ideologia e revanchismo, em vez de interesses nacionais. A mais emblemática dessas decisões foi permitir a atracação de um navio militar iraniano no porto do Rio de Janeiro, mesmo após um pedido informal do governo Joe Biden para que o Brasil evitasse tal gesto, dado o momento sensível das relações internacionais envolvendo o Irã.

A visita da embarcação iraniana foi celebrada como um ato de “autonomia soberana” pelo Planalto, mas o gesto teve consequências geopolíticas que foram além da narrativa populista usada pelo governo. À época, o Itamaraty foi alertado, nos bastidores, de que os Estados Unidos acompanhavam o caso com preocupação e interpretavam o gesto como uma quebra de confiança em um parceiro estratégico. Mesmo assim, o governo Lula insistiu no movimento e, posteriormente, dobrou a aposta ao fazer declarações duras contra os EUA em fóruns internacionais, acusando Washington de manter uma “visão imperialista” do mundo e responsabilizando o Ocidente pela guerra na Ucrânia e pelo desequilíbrio global.

É dentro desse contexto que se deve analisar a decisão de Donald Trump, em seu retorno à presidência, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros — medida que afeta diretamente setores como aço, alumínio, celulose e agronegócio. Trata-se de uma retaliação disfarçada de “protecionismo”, mas com um claro recado político: quem rompe com alianças estratégicas por capricho ideológico, paga um preço.

E quem paga essa conta não é Lula — é o Brasil. É o pequeno exportador de suco de laranja da Zona da Mata, o produtor de celulose do Centro-Oeste, a indústria metalúrgica que já sofre com os juros altos. O prejuízo será bilionário e comprometerá empregos, renda e competitividade de setores inteiros da economia.

Enquanto Lula tenta posar de líder alternativo do Sul Global, a realidade é que seu governo isolou o Brasil de mercados essenciais, tensionou relações históricas e agora colhe os frutos de sua diplomacia de confronto. A obsessão do presidente por antagonizar os Estados Unidos tem se mostrado não apenas imprudente, mas profundamente prejudicial ao interesse nacional.

Em tempos de economia global instável, o Brasil precisava de um governo que defendesse seus interesses com inteligência e estratégia — não com bravatas e provocações infantis. Infelizmente, Lula escolheu o caminho oposto. E o país paga o preço.

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