segunda-feira, 7 de julho de 2025

Justiça suspende eleição do PT em Garanhuns após disputa interna e acusações entre chapas

Por Magno Martins



O município de Garanhuns foi o único em Pernambuco onde não aconteceu o Processo de de Eleição Direta (PED) do PT, hoje, devido à troca de acusações entre os candidatos à presidência do diretório municipal. Major Lucena, que encabeça a chapa da corrente Avante PT, recorreu à Justiça, após não ter respaldo dos comandos estadual e nacional do partido, sobre inscrições de candidaturas irregulares. O juiz Enéas Oliveira da Rocha acatou e determinou o cancelamento da eleição. A direção municipal discorda das acusações, está recorrendo e aguardando nova data para a escolha de quem sucederá Fernanda Limão na presidência.

De acordo com o Major Lucena, as denúncias foram feitas logo após o registro das chapas. Segundo ele foram constatadas as inscrições de nomes nas três chapas concorrentes que não estariam qualificadas para a disputa. “Inscreveram pessoas filiadas a outros partidos, outras não filiadas ao PT e algumas que estavam com débito junto ao partido. Denunciei ao diretório, que não há acatou, afirmando que tínhamos feito o recurso fora do prazo. Mas o secretário de organização, Antônio Manuel, assinou o recebimento. Recorremos à Executiva Nacional, que deixou o prazo vencer e não deu a resposta. Então, tivemos que procurar a Justiça. Os diretórios do PT terão 15 dias para apresentar a defesa. Queremos que aconteça uma eleição justa para fortalecer o partido, sem a interferência de terceiros“, disse o candidato a presidente. As informações são do Blog Dantas Barreto.

As denúncias de Major Lucena são contestadas pela presidente do PT de Garanhuns, Fernanda Limão. Ela disse que o correligionário e seu grupo tentaram atrapalhar o processo desde o início, alegando irregularidades inexistentes. “Antes de inscrever as chapas, verificamos quem pagou as contribuições, e quem não pagou foi retirado. Não tem nada de irregular. O candidato vem causando problemas, inclusive tentando impedir que a concorrente Marília Ferro participasse de debates”, relatou.

A dirigente informou que a Executiva Nacional não respondeu ao Major Lucena por ter constatado que não havia nada de errado. “Nada foi feito para prejudicar ou favorecer qualquer chapa. Essa situação criada pelo candidato impediu que votássemos nas chapas estadual e nacional. E também expôs o PT a uma situação que poderia ter sido resolvida internamente”, salientou. Fernanda Limão disse que a orientação do PT foi para acatar a liminar da Justiça e aguardar a data do Processo de Eleição Direta Extra.

Além do Major Lucena, estavam concorrendo à presidência do PT de Garanhuns, Lucimar Oliveira, Marília Ferro e Felipe Barros. O município tem cerca de mil filiados ao partido.

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