terça-feira, 29 de julho de 2025

População, Prefeitura e Órgãos de Fiscalização silenciam diante de Colapso nos Cemitérios Públicos de Garanhuns

Por Carlos Eugênio 


A falta de espaço para sepultamentos em Garanhuns continua afetando famílias e gerando críticas à Gestão Municipal. Para medir a percepção popular sobre o problema, o Blog do Carlos Eugênio realizou enquete no Instagram.

Apesar de quase 40 mil visualizações, apenas 195 pessoas votaram. A maioria (65%) acredita que o impasse persiste porque “morto não vota e os vivos não ligam”. Outros 23% apontaram prioridades diversas, a exemplo de praças e eventos; 8% disseram se tratar de “projeto complexo” e 4% culparam a “falta de dinheiro”.

“Cravar que ‘os vivos não ligam’ reforça a tendência que vem tomando conta de Garanhuns, que sinaliza para o fato de que, mesmo insatisfeita com a situação, já que, com exceção daquelas famílias que já possuem túmulos, não há espaço para novos sepultamentos em nenhum dos Cemitérios Públicos de Garanhuns, a população não se mobiliza para reivindicar. O silêncio também é vivenciado pela Prefeitura, que não responde à Imprensa sobre o assunto e pelos Órgãos que deveriam fiscalizar e usar a Lei para cobrar a solução do problema”, opinou o jornalista Carlos Eugênio, ao comentar os resultados da enquete.

A última grande ampliação do Cemitério São Miguel ocorreu em 2007. Desde então, apenas pequenas obras foram feitas no Cemitério São Cristóvão, insuficientes para a demanda. Famílias sem túmulos recorrem a vereadores ou enterram entes em cidades vizinhas, como relatou o vereador Professor Márcio (PT).

Em 2021, o Governo do Estado cedeu área para ampliar o São Miguel. O espaço ficou abandonado até ser limpo recentemente com a retirada do mato. Desde 2021, a Prefeitura promete a construção de três mil novas gavetas. Já o prazo previsto em lei para início das obras expirou no fim de 2022, o que permite ao Estado rescindir a cessão do terreno efetivada em 2021.

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