Montagem chega ao Teatro do Parque, nos dias 9 e 10 de agosto, e é uma ode às mais de cinco décadas de carreira do multiartista pernambucano
FOTOS Fábio Alcover - https://drive.google.com/
Antonio Nóbrega, multiartista pernambucano com mais de 50 dos seus 73 anos de vida dedicados à arte, traz para sua terra natal, Recife, em agosto, “Mestiço Florilégio”, espetáculo que celebra as mais de cinco décadas de sua carreira artística. Com produção local da Luni Produções, a montagem, criação de Nóbrega e Rosane Almeida, sua parceira de vida e das artes há mais de 40 anos, será encenada em duas apresentações no Teatro do Parque, nos dias 9 e 10 de agosto, respectivamente, às 20h e 18h.
Trata-se de um espetáculo multidisciplinar constituído de canções, interpretações instrumentais, cenas teatrais, cinematografia e peças coreográficas criadas e interpretadas pela dupla de artistas ao longo de quatro décadas de história artística comum. O título faz referência aos poetas românticos, que tinham o hábito de empregar as palavras “florilégio” com o significado de reunião ou antologia de poemas. Mestiço, pelo fato de se tratar de um “florilégio” de canções, textos dramáticos, danças etc referenciado no caráter mestiço da cultura brasileira
“Mestiço Florilégio é um espetáculo que se insere no contexto de afirmação e promoção de uma arte e cultura mestiça brasileira cujas bases e matrizes se fundaram e se desenvolveram no estrato sociocultural classes subalternizadas brasileiras, onde se encontravam os negros, os indígenas, os brancos das classes desarrendadas portuguesas, mestiços e pobres de toda ordem.”, explica Nóbrega.
O espetáculo, que teve sua estreia em Portugal e fez apresentações em São Paulo e em outras cidades brasileiras, apresenta uma síntese de espetáculos como Brincante, Lunário Perpétuo, Rima, Marco do Meio-dia, Naturalmente, entre outros. Os ingressos estão à venda, exclusivamente, pela plataforma on-line Sympla.
SINOPSE
A base referencial do trabalho de Nóbrega e Rosane está no mundo cultural popular brasileiro. Foi a partir dos cantos, danças, formas poéticas, mitos, gêneros musicais, ritmos etc, vivenciados e estudados desse universo cultural que criaram espetáculos como Brincante, Nove de Frevereiro, Rima, Marco do Meio-dia, entre outros.
Mestiço Florilégio revela que no Brasil o arcaico e o moderno podem se fundir porque são categorias culturais que se complementam. Ou seja, a fusão dos opostos se mostra um dos elementos mais importantes que o país dispõe para construção de sua cidadania cultural.
A proposta da montagem - que conta com o patrocínio do Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - é propor caminhos para um olhar não folclorizante sobre a cultura popular brasileira e através dos quais possa dialogar com a contemporaneidade.
BIO
Antonio Nóbrega
Nascido no Recife, começou a estudar violino aos oito anos. Em 1971, Ariano Suassuna convidou-o para integrar o Quinteto Armorial. A partir daí, passou a estudar o universo da cultura popular e a criar espetáculos de teatro, dança e música nela referenciados. Entre eles: Brincante, Segundas Histórias, O Marco do Meio Dia, Figural, Na Pancada do Ganzá, Madeira Que Cupim Não Rói, Pernambuco Falando para o Mundo, Lunário Perpétuo, Nove de Frevereiro, Naturalmente, Húmus, Recital para Ariano, Semba, Rima, entre outros. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Shell de Teatro, o Tim de Música, APCA, Mambembe, Conrado Wessel, Governador do Estado de São Paulo.
Com seus espetáculos, o artista tem viajado pelo Brasil e outros países. Recebeu duas vezes a Comenda do Mérito Cultural. Tem 12 CDs gravados e três DVDs. Em novembro de 1992, fundou com Rosane Almeida – atriz, bailarina e sua esposa – o Instituto Brincante, em São Paulo. Em 2014, o cineasta Walter Carvalho realizou o longa-metragem Brincante, dedicado à sua trajetória artística. Dedica-se atualmente em escrever uma obra ensaística sobre a cultura popular brasileira.
Rosane Almeida
Natural de Curitiba, Rosane Almeida tem como base de formação artística a prática do teatro, das danças populares brasileiras e das artes do circo. De 1983 e 1990 realizou cursos na Escola Superior das Artes do Circo em Châlons‐sur‐Marne, na França, na Scuola e Teatro Dimitri em Verscio, Suíça, e em São Paulo na Escola Picadeiro. Em 1992, ao lado de Antonio Nóbrega, fundou o Instituto Brincante, (centro de arte e cultura que promove cursos, oficinas, espetáculos etc focados na cultura brasileira) sediado na Vila Madalena em São Paulo.
Em parceria também com Antonio Nóbrega, criou e atuou como atriz e dançarina nos espetáculos: Brincante, Segundas Histórias, Na Pancada do Ganzá, Madeira que Cupim Não Rói, Marco do Meio-Dia, Nove de Frevereiro, entre outros. Em 2004, criou o espetáculo solo A Mais Bela História de Adeodata, cujo texto foi publicado pela editora Salamandra.
Participou ainda, junto a Nóbrega, da série documental Danças Brasileiras, exibida pelo Canal Futura.
Em 2012, pela passagem do centenário de nascimento do escritor Jorge Amado, criou e dirigiu o espetáculo Amado e em 2019 publicou, pela editora FTD, o livro infantil Cumarim a Pimenta do Reino.
FICHA TÉCNICA
SERVIÇO
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Nenhum comentário:
Postar um comentário