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Foto: Arthur Botelho/Folha de Pernambuco |
Por Edmar Lyra
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 nesta segunda-feira (14), o presidente do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, deixou claro: a direita será protagonista na definição dos rumos eleitorais do Estado em 2026. Sem ainda anunciar um nome à sucessão estadual, o ex-prefeito de Jaboatão sinalizou que o foco do partido, por ora, está na disputa ao Senado. Ainda assim, fez questão de direcionar um recado à governadora Raquel Lyra (PSD), com quem mantém uma relação de proximidade política.
“Um conselho que eu daria a uma pessoa que eu quero que acerte em Pernambuco é: deixa essas questões políticas de lado e vá trabalhar”, afirmou Anderson, num tom que mistura apoio e alerta. O PL, vale lembrar, se manteve fora da estrutura de governo e da base oficial, optando por uma posição de independência, tanto na gestão estadual quanto no legislativo.
Com um discurso pautado na entrega de resultados e críticas à “politicagem”, o líder liberal reforçou a necessidade de diálogo e responsabilidade institucional. “Está na hora da oposição fazer uma leitura que não pode prejudicar Pernambuco”, disse, num aceno tanto à base aliada quanto aos adversários.
Ao avaliar o cenário eleitoral, Anderson foi taxativo: “O voto de direita é que define a eleição tanto no Pernambuco como em Recife. É matemática.” Para ele, o PL tende a se tornar o principal protagonista do jogo político no Estado, influenciando desde o Senado até a Presidência da República.
Mas nem tudo são flores dentro da sigla. A corrida ao Senado já provoca faíscas entre o próprio Anderson Ferreira e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. O presidente estadual criticou o que chamou de “sobreposição de projeto pessoal ao partidário”, numa clara alusão a Gilson. A resposta veio rápido: Gilson Machado Filho, vereador do Recife e filho do ex-ministro, lamentou as declarações e cobrou respeito à trajetória do pai, que recentemente enfrentou problemas judiciais.
Ao defender que o PL pode ter duas candidaturas ao Senado, Gilson Filho sinalizou que a disputa interna está apenas começando. A guerra fria no partido de Bolsonaro, ao que tudo indica, será um dos capítulos quentes da política pernambucana até 2026.
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