Do Blog Cenário
A governadora Raquel Lyra (PSD) avaliou a situação da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026, que teve o prazo para votação vencido na última semana e segue sem expectativa de ser analisada. A matéria ainda não passou nas comissões e, caso não seja aprovada ainda neste ano, o Estado passará a funcionar em janeiro com despesas essenciais, considerando o orçamento de 2025.
Durante entrevista no Palácio do Campo das Princesas, no fim da manhã, Raquel disse não trabalhar com a possibilidade de a Alepe segurar a LOA para ser votada apenas no próximo ano.
“Eu não estou admitindo a possibilidade de que não será votada este ano. Agora pela manhã estava uma grande comitiva de deputados sentando com a Casa para que haja um acordo, a construção de consensos, para que volte à pauta da Assembleia aquilo que diz respeito ao povo pernambucano. Não há razão para que não seja votado o projeto. Estou confiante de que a LOA será aprovada, porque ninguém quer caos administrativo aqui. Não é bom para ninguém, é jogo de perde-perde para Pernambuco”, avaliou.
Raquel: “não quero que me enxerguem como vitimizada, eu sou uma mulher forte”
A governadora Raquel Lyra (PSD) organizou uma coletiva, na manhã desta terça (9), para fazer um balanço de fim de ano com portais que atuam na Região Metropolitana, entre eles, o Blog Cenário. Durante a entrevista, a governadora falou sobre quando passou a compreender como violência política de gênero as críticas de cunho pessoal e movimentos que colocam em dúvida sua capacidade de trabalho.
Raquel contou que a antecipação da eleição é uma tentativa de abreviar mandatos. “Fazem muito isso com mulheres. É como se nós estivéssemos aqui para guardar lugar para o próximo homem”, disse. A governadora explicou que evita falar sobre os episódios ocorridos com ela própria, para que não seja vista como alguém fragilizada politicamente.
“Eu não quero que me enxerguem como alguém vitimizada, porque eu sou uma mulher forte, as pessoas sabem que eu sou. Eu não preciso provar isso a ninguém. Mas, por outro lado, não falar mais é também silenciar muitas outras. Isso é novo no Brasil, porque poucas mulheres estiveram no posto que estou. São poucas a exercerem cargo de liderança política”, avaliou.
A governadora citou as ações voltadas a mulheres como as creches, maternidades, Mães de Pernambuco e Morar Bem. Ela também lembrou de quando era deputada e foi eleita para comandar a Comissão de Justiça na Assembleia Legislativa.
“A gente vai maturando e vai conseguindo falar mais sobre esses temas, para que não seja um tema só nosso. Eu não aceitei ser presidente da Comissão de Mulheres, porque eu sabia que eu poderia ser presidente da Comissão de Justiça e eu lutei por isso dentro da Assembleia Legislativa. Me disseram que eu não podia ser candidata a prefeita de Caruaru e eu fui, busquei um partido e consegui ser candidata, consegui ser a primeira mulher prefeita de lá e hoje estou aqui. E tenho certeza que essa trajetória inspira outras pessoas a também poder estar”, completou Raquel Lyra.
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