terça-feira, 24 de outubro de 2017

UMA HISTÓRIA DE DEVOÇÃO E FÉ EM SALOÁ




Por Wellington Freitas

No Século XIX, a imagem de Nossa Senhora de Montserrat já era venerada no Oratório da Família do Mestre Vicente em Serrinha da Prata. Com muita piedade cristã na prática de um catolicismo doméstico muito fervoroso, a catequese era transmitida de pais para filhos baseada nos ensinamentos bíblicos da “Missão Abreviada”.

No início do Século XIX, houve uma epidemia de doença desconhecida causando a morte dos poucos habitantes da localidade. Diante desta epidemia de morte, foi feito diante do sagrado vulto da Virgem, uma promessa e logo de imediato cessaram as mortes. Para os sobreviventes, aconteceu um milagre por intercessão da Virgem de Montserrat.

Em 1911 a promessa foi cumprida e construíram uma igrejinha de taipa junto aos corpos sepultados das vítimas da epidemia, dedicada à Nossa Senhora de Montserrat, que passou a ser a primeira padroeira de Serrinha da Prata.

Neste mesmo ano, Dom Luiz Raimundo da Silva Brito, bispo de Olinda, teve conhecimento dos fatos e reconheceu esta comunidade que surgia diante de túmulos e se reunia agora numa capela para rezar, e enviou a Pedra D’ara com documento carimbado a Marca d’Água com as seguintes Inscrições. “Está pedra consagrei no dia 10 de fevereiro de 1911, Luiz Bispo de Olinda”.

No ano de 1923 com a demolição da capela de taipa e com a construção da atual sobre a antiga, feita por diversos católicos sobre a orientação de Cipriano Oliveira e Mestre Vicente”, Pe. Alfredo Dâmaso entronizou São Sebastião como padroeiro oficial de Serrinha da Prata. Em 1926 o mesmo Padre afirmou, “Está situada entre Mocambo (Iati) e Prata (Iatecá), ao sopé da Serra e foi reconstruída”. 

A devoção à Santa de Montserrat continuou forte, sendo festejada no dia 30 de outubro. Segundo uma sobrinha do Mestre Vicente: ” Ele foi o grande divulgador, reunia a comunidade e pedia que todos trouxessem uma vela para este dia tão especial”. Após sua morte em 1975 um grupo de fieis deu continuidade a fé e aos seus ensinamentos de “Mestre Vicente” até os dias atuais.

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