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Givaldo Calado de Freitas
Eu e todos. Amigos e
amigas na telinha. Telinha daqui. Daqui de casa. E eu, nela, mas, também, aqui,
nas minhas linhas. Construindo-as. Produzindo-as.
Se contra a Costa Rica
entendi “score suado” (2 X 0), até
porque só veio a ocorrer depois do tempo regulamentar, ou seja: nos acréscimos
da partida, torço, como milhões de brasileiros e brasileiras, para que nessa
próxima segunda-feira (02.07.18), tudo seja diferente. Ah! Bem diferente! E até
temos que sê-lo porque, agora, é ganhar ou ganhar, pensando nas quartas. E, por
que, não? Também na final. Mais do que nela: na caneca. No hexa. No maior
título da história do futebol mundial. Na superação desse nosso jejum de
vitórias, que já dura tantos anos - exatos 16 anos - e tantas copas - três,
para ser exato.
E o Brasil está a
precisar dessa alegria. Senão ele, a sua gente. Senão ela, um detalhe dela: a
sua dor. A tristeza que a assusta cada vez mais em seus dias a dia.
A paixão da gente
brasileira terá que ir muito além de seus limites. Carece, como nunca na
história dessas campanhas, de se converter em êxtase. Êxtase nacional. Sim!
Passar de paixão nacional para êxtase nacional.
Resolve a nossa dor? Não!
Claro, que não. Mas leva-a ao secundário, pelo menos por instantes. Instantes
enquanto as pernas aguentarem de tantos pulos e saltos. Instantes enquanto a
garganta suportar os nossos gritos. Gritos pelos “olhe o gol, olhe o gol, olhe
o gol!”... “Gol! Gol! Gol!” Gritos pela bola nas redes. Gritos pela bola, lá,
dentro. Dentro das redes. Grito, enfim, de alegria. De altar. De êxtase.
Remoto esse sonho? Penso
que não. Depois da passagem pelo “Grupo E”...
Depois dele, o levante dos brasileiros e brasileiras é geral. E visível! Porque
na cara de todos e de todas. E o remoto se torna cada vez menos remoto. E o
menos remoto se toma de esperança. E a esperança sugere e aponta à certeza.
Aquela certeza que cada um de nós tem que somos o maior país do mundo. Mais que
país, nação. E, como tal, não só com a bola no gramado, que faz sucesso. Porque
show. Mas cônscio do esplendor que um dia, torço para breve, vai dar exemplo ao
mundo. Exemplo não só no atletismo. Mas exemplo de cidadania. De construção de
seu destino.
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Acadêmico. Figura Pública.
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