Por Edmar Lyra
A disputa presidencial de 2022 vem recebendo uma série de desistências como as pré-candidaturas de Luiz Henrique Mandetta, Sergio Moro, João Doria que pontuavam de alguma forma nos levantamentos anteriores. Lula e Jair Bolsonaro juntos possuem cerca de 80% das intenções de voto, enquanto os demais somam menos de 15% com destaque para Ciro Gomes que aparece melhor posicionado com 5% em média.
Se considerados os votos válidos Lula já teria algo em torno de 45% e Bolsonaro cerca de 40%. Ambos ainda podem crescer em cima dos indecisos e o voto útil poderá prevalecer até o dia 2 de outubro. Historicamente tivemos segundo turno em todas as eleições desde a redemocratização, com a exceção de 1994 e 1998 quando Fernando Henrique Cardoso liquidou a fatura na primeira etapa lastreado pelo bom desempenho do Plano Real.
Ciro Gomes, na terceira colocação, ainda poderá perder votos pra Lula na reta final, uma vez que o voto dele é mais próximo do espectro ideológico do ex-presidente, e dado seu amplo conhecimento por parte do eleitorado, o que evidencia grande dificuldade de crescer. Cabendo à postulação de Simone Tebet, da coalizão MDB/PSDB/Cidadania, a incumbência de crescer e ajudar na realização de uma segunda etapa, caso ela e Luciano Bivar, pré-candidato do União Brasil, não reajam a números minimamente satisfatórios, haverá forte tendência de Lula ou Bolsonaro ser o eleito logo em primeiro turno.
O grande balizador da disputa, além de questões ideológicas que colocarão os dois espectros em confronto direto, será a economia, cuja inflação, desemprego e crescimento do PIB ditarão ao eleitor o Brasil que sairá das urnas: o da manutenção de Bolsonaro ou o da volta de Lula ainda no dia 2 de outubro.
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