Em
termos de tempo de televisão, o PMDB é um partido que vale muito. Na aliança do
governador Paulo Câmara, hoje, é o que vale mais. Considerando que Jarbas
Vasconcelos e Raul Henry são dois nomes respeitados e capazes de agregar
credibilidade ao governo, o novo papel e dimensão que o governador atribuiu aos
peemedebistas é também um movimento no sentido de segurar os dois no seu time,
sobretudo em um tempo em que outras lideranças, que já figuraram no mesmo
campo, trabalham projetos majoritários para 2018. O nome de Bruno Araújo, por
exemplo, vem ganhando tônus e o trânsito dele com Jarbas e Henry é, inclusive,
bom. Além do PMDB, na conta dos seis maiores partidos que seguem na mesma
frente e podem emprestar tempo de TV ao PSB, aparecem: o PP, o PSD, o PR e o
PDT. Se pesa, hoje, uma ciumeira de socialistas em relação ao PMDB, o mesmo ocorre,
nos bastidores, quando o assunto são outras legendas. Nas coxias, socialistas
argumentam, por exemplo, que o espaço do PSD deveria ser repensado. Dizem que a
pasta estaria funcionando como uma “ilha” no governo, apontam força demais
acumulada pelos aliados pessedistas. No caso do PDT, lideranças da legenda se
sentem preteridas já faz algum tempo e, nas mudanças atuais, até vislumbraram
receber algum “afago”, o que, até agora, não se consolidou. O PP, por sua vez,
se vê maior que outras legendas, a exemplo do PR, as quais progressistas
consideram melhores contempladas. E, nesse cabo de guerra todo, alguns
integrantes do PSB arriscam jogar contra o gesto de Paulo com o PMDB. Em
reserva, algumas fontes socialistas mostram-se contra a ideia de dividir o território.
Se perdem o apoio dessas legendas, socialistas estarão minando o próprio
projeto. No lugar de olharem para o “quintal” das outras siglas, membros do PSB
devem começar a se concentrar em sanear as divisões internas para não chegar no
ponto de uma autofagia.
Por: Renata Bezerra de Melo
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