Eike Fuhrken Batista, 60 anos, chegou a ser um dos
empresários mais influentes do Brasil. Excêntrico e ambicioso, o bilionário
colecionou carros importados, aeronaves e iate, empresas com a letra “X”
(simbolizando multiplicação) no nome e filhos com nome exóticos. Ascendeu e
caiu com a mesma velocidade e grandeza dos seus sonhos.
Segundo dos sete filhos do ex-ministro de Minas e
Energia Eliezer Batista, com a alemã, Jutta Fuhrken, Eike nasceu em Governador
Valadares, Minas Gerais, em 1954, e, aos 4 anos, mudou-se para a Alemanha. Lá
iniciou o curso de Engenharia Metalúrgica , mas não terminou, decidiu atuar
como corretor de seguros e, depois, negociou produtos brasileiros na Europa e
na África.
Ao retornar ao Brasil nos anos 80, investiu na
mineração na Amazônia. Em 1983, associou-se à canadense Treasure Valley, que se
tornaria a TVX Gold, da qual se tornou presidente. A primeira das muitas
empresas com “X”.
Antes de virar bilionário, tornou-se conhecido por
se casar, em 1991, com Luma de Oliveira, que no Carnaval de 1998 exibiu uma
coleira bordada com o nome dele, e com quem teve dois filhos, Thor (Deus
nórdico do trovão) e Olin (poeta grego). Ao conhecer a modelo, uma das mulheres
mais cobiçadas do País, deixou a noiva, a socialite Patrícia Leal, para ficar
com Luma, que era namorada do empresário Antenor Mayrink Veiga. Anos depois,
Patrícia e Veiga casaram. Em 2004, Eike e Luma se separaram.
No ano seguinte, fundou a mineradora MPX. Começava
a surgir o magnata. Depois vieram a MMX, de mineração, a LLX, de logística, a
OGX, de óleo e gás, a OSX, de construção naval, e a CCX, de mineração de
carvão. Em 2012, na mesma época em que seu filho Thor atropelou e matou um
ciclista com a Mercedes SLR, que Eike ostenta na sala de casa, o empresário
figurou na lista da revista Forbes, como o sétimo homem mais rico do mundo, com
uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. À época, no auge da ambição, afirmou
que se tornaria o primeiro da lista.
Em 2013, nasceu o terceiro filho, Balder (Deus
nórdico da paz), com a advogada Flávia Sampaio. Neste mesmo ano, com perdas
expressivas, caiu para a 100ª posição. Em 2014 já estava fora do ranking e,
ontem, se tornou o primeiro ‘top 10’ da revista a ser preso desde Pablo
Escobar, que apareceu da primeira a sétima edição da publicação. A frota de
veículos, das empresas com três letras e da celebridade, sobrou a história de
um ex-bilionário que terminou preso numa cela comum.
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