terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Servidor que matou empresário em bar na Asa Norte segue foragido

Argos Madeira é o principal suspeito da morte de empresário a tiros, após discussão em bar. Ele tem até hoje para se apresentar à polícia

Segundo a polícia, o crime na 312 Norte teria acontecido por causa da ex-mulher da vítima


Suspeito de matar um empresário na 312 Norte, o servidor público do Senado Federal Argos Madeira da Costa Matos, 57 anos, tem até hoje para se apresentar à polícia. Até o início da manhã desta terça-feira (31/1), ele continuava foragido como sendo o principal suspeito de matar a tiros Eduardo Montezuma Alves de Lima, 42. Ambos se se desentenderam em um bar da comercial por causa de Debora Martins, 47, ex-mulher da vítima — o casal ficou junto 12 anos e teve uma filha. Nos 12 primeiros dias de janeiro deste ano, o DF registrou 16 homicídios.A discussão entre Argos e Eduardo começou no Chiquinho´s Bar, na noite de domingo. Debora se divertia com um grupo de amigos, entre eles o servidor do Senado. Mas o que deveria ser uma noite de descontração acabou em morte. Segundo a ocorrência, o ex-companheiro dela esteve no local para saber por que ela não atendia aos telefonemas dele. Uma testemunha contou aos investigadores que, nesse momento, Argos estava no banheiro. Quando voltou, Eduardo questionou quem era o homem, que respondeu: “Minha irmã”. O empresário não gostou e deu um empurrão no servidor. A discussão continuou do lado de fora, até que Argos sacou uma arma e atirou em Eduardo. Em seguida, fugiu.

Debora contou à polícia que conheceu o técnico legislativo do Senado há uma semana, em Rio Branco, no Acre. Ela acrescentou, em depoimento, que Eduardo era ciumento e se separou dele em dezembro de 2016. A versão dela, no entanto, é contestada pela namorada da vítima. A funcionária comissionada da Câmara dos Deputados Jessiane Alcântara, 32 anos, disse que se relacionava com o empresário havia três anos. “Eles (Eduardo e Debora) tinham se separado há dois anos. Quem terminou o relacionamento foi ele porque me conheceu. Fazia mais de 25 dias que ele não ligava o celular, porque ela tentava voltar e não aceitava o fim do relacionamento”, contou.

Jessiane tem uma casa na Granja do Torto, mas passava mais tempo na residência de Eduardo, na 715 Norte, onde também moram os pais e a irmã dele. Ela explicou que o casal passou o domingo em uma chácara de amigos e voltou à noite para a Granja do Torto. “Ele disse que ia comprar cigarro, passar em casa, pegar umas roupas e retornar. Às vezes, por ter bebido um pouco, ele foi para o bar de convívio dele, onde havia muitos amigos em comum, tanto meus quanto dele. Ele inclusive me chamou para ir, mas eu estava com dor”, relembrou.

O velório de Eduardo está marcado para começar as 13h de hoje na Capela 5 do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. O sepultamento será às 16h30. A vítima deixou três filhos, dois de relacionamentos anteriores. Débora está à base de medicamento e recebeu apoio de familiares e amigos no apartamento onde mora, na 312 Norte.

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